O Botafogo perdeu para o América-MG por 3 a 0 nesta quinta, em Belo Horizonte, pela Copa do Brasil, e conheceu sua sexta derrota nas últimas oito partidas na temporada. Para o comentarista Pedro Ivo Almeida, da ESPN, é difícil enxergar margem para reação no atual estágio do trabalho do técnico Luís Castro.
– Placar foi justo. Tirando aquelas duas partidas após os protestos, o Botafogo é um time que vem mal há muito tempo, não se vê margem de evolução. Para quem vem acompanhando o Botafogo, esse placar não surpreende. Você não consegue ver uma cara no Botafogo do Luís Castro. Quem joga na direita? E a zaga, é linha de 3 ou de 4? Quem é o meio? Lá na frente tem desfalques, você vai trocando… O Botafogo não tem uma cara e acaba sendo uma presa fácil – disse Pedro Ivo.
O Botafogo precisará vencer por quatro gols de diferença na partida de volta, dia 14, no Estádio Nilton Santos, para conseguir a vaga nas quartas de final da Copa do Brasil. O comentarista Vitor Birner frisou que, para lutar por isso, o Glorioso terá de jogar bem atuando de uma maneira que ainda não conseguiu agradar.
– O Botafogo fez alguns jogos com resultados melhores jogando bem fechado. Agora, vai ter que jogar contra o América-MG de outra forma. O Luís Castro abriu mão da ideia dele, de jogo com posse, de construção, porque sabe que o time não está pronto, entendeu o que vem de fora a cada derrota. Dá para conseguir reverter, é futebol, mas está muito complicado – avaliou Birner.
Rodrigo Bueno, outro comentarista que estava na mesa do “Linha de Passe”, pediu para o perfil de contratações desejado por John Textor mudar para que o Botafogo ganhe mais consistência.
– John Textor está mirando nomes midiáticos, mas parece estar jogando para a torcida, para a mídia, ele mesmo já disse que as chances são mínimas. Vou citar o exemplo do Newcastle: quando foi adquirido, o clube não contratou Mbappé, Neymar, mas foi pegar o Bruno Guimarães, outras peças para a defesa e terminou muito bem a temporada. O Patrick de Paula foi um investimento razoável que ainda não se provou. Nesse primeiro momento, o Botafogo precisa de reforços mais caseiros, do mercado nacional – analisou Bueno.
