Comentarista pondera se Botafogo poderia ser mais ofensivo no clássico: ‘Ia colocar quem? Faltam peças no banco para mudar perspectiva’

Jéssica Cescon, do SporTV
Reprodução/SporTV

O Botafogo empatou em 0 a 0 com o Flamengo, neste domingo, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro, e deixou um gosto em alguns torcedores de que poderia ter sido mais ofensivo em busca da vitória. No programa “Redação SporTV”, a comentarista Jéssica Cescon analisou a estratégia alvinegra e citou a falta de melhor opções no banco.

– Vi algumas críticas em relação a se o Botafogo não poderia ter feito mais a segunda etapa para buscar o resultado. Mas o Botafogo vai com três jogadores no meio campo. Vou adicionar o Cuiabano como um desses jogadores, que ele é praticamente um terceiro volante. Ele é um meia pela esquerda, mas é um meia pela esquerda que participa ativamente da função defensiva, da marcação, da cobertura de espaço. Não é um jogador que vai pegar a bola e vai nortear o ritmo do Botafogo. O Cuiabano está numa excelente fase, acho que é uma boa sacada do treinador. E ainda tem o Allan. Então ali seriam praticamente quatro volantes. O Cuiabano assume esse papel, especialmente na hora de marcar. E isso dava consistência para o Botafogo. “Ah, então o Botafogo não poderia ter tirado um desses jogadores e ter colocado um outro jogador”. Qual? Essa é a pergunta que eu faço. Falta o cara mais decisivo, de dar uma velocidade maior, de ter esse drible. Faltam peças no banco de reservas pra realmente mudar um pouco a perspectiva. É uma equipe que conseguiu competir, talvez se tivesse esvaziado meio campo, volto a dizer, sem muitas opções no banco, acho que aí sim o Flamengo teria tido mais vantagem por ali, conseguiria talvez dominar mais facilmente a partida. Poderia ter tido um nível maior de enfrentamento, um jogo com mais qualidade. Mas com as peças que foram em campo, se desenhou um jogo de muita disputa no meio – salientou Jéssica Cescon.

Para a comentarista, o clássico foi mais físico do que pensado.

– Eu acho que o jogo foi um reflexo da ausência de jogadores criativos na escalação. As duas escalações têm a ausência desse jogador que pensa o jogo, o jogador cerebral. São jogadores nas duas escalações de força e velocidade, com exceção do De La Cruz no Flamengo, porque o restante da escalação do meio pra frente do Flamengo é de força, velocidade e drible. E o Botafogo da mesma maneira. O Botafogo também não tem eses jogador para dar aquela qualidade, o Savarino não estava. A gente fica na expectativa de ver um jogo vistoso em troca de passes, mas se tem a ausência desses jogadores cerebrais isso não vai acontecer. Então foi muito uma imposição, uma tentativa de chegar ao gol nessa imposição física das duas equipes. Resulta num jogo de muita disputa. Pouco envolvimento do adversário, poucas jogadas bem trabalhadas. Acho que isso é um reflexo – frisou.

Fonte: Redação FogãoNET e SporTV

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