Comentarista: ‘Preocupação a curto prazo é se imbróglio do Botafogo vai afetar operacional e chegar ao vestiário’

John Textor, do Botafogo
YouTube/Botafogo TV

Como fica o Botafogo em meio a uma disputa de quem tem o controle? Enquanto John Textor e Eagle Football Holdings travam batalha judicial, o clube tem que dar sequência a suas atividades e à temporada 2025. Na visão do comentarista Lucas Prata Fortes, o Caju, no “Redação SporTV” desta terça-feira (5/8), a questão é se haverá impactos no dia a dia.

O Botafogo está vivendo uma enorme encruzilhada. O Botafogo está vivendo agora, a SAF do Botafogo, uma situação em que você primeiro tem que ter uma preocupação a curto e médio prazo, que é, todo esse imbróglio vai afetar, primeiro, o operacional? Ou seja, salário, investimento em CT, qualificação da estrutura, tudo que nos últimos três anos a gente viu, a gente continua vendo, que colocou o Botafogo em um patamar competitivo no futebol brasileiro, além, obviamente, também do respingar na performance. Se isso, de alguma forma, vai chegar no vestiário, essa é a grande preocupação a curto prazo. E aí vem a preocupação maior, que é a preocupação de médio e longo prazo – pontuou Lucas Pratas Fortes.

Isso só o tempo e a batalha judicial vão resolver, e a gente vai, de fato, entender qual é a composição do Textor nessa empresa que ele está abrindo nas Ilhas Cayman. E mais, quem vai viabilizar o investimento? Da onde ele vai tirar o dinheiro para, primeiro, conseguir estruturar essa empresa, depois, para conseguir recomprar, sendo que ele vai ter que convencer um grupo que não quer vender pra ele? Do outro lado, você tem um grupo que capitalizou a Eagle e que o torcedor não sabe qual vai ser o real interesse se assumir o Botafogo. A Ares, que tem, obviamente, um desenho que lida com seus negócios totalmente diferente do John Textor, vai querer pegar o Botafogo, mas mantê-lo no mesmo patamar competitivo? Vai querer olhar e fazer uma limpa para chegar no modelo mais de austeridade? São dúvidas que vão pairar e que o torcedor precisa encarar de um jeito até ciente que pode demorar. O que não vai ser fácil. Porque são muitas camadas burocráticas. Tem judicialização aqui, tem judicialização fora. E tem muito dinheiro em jogo – analisou Caju.

O comentarista ainda lembrou que há outra parte interessada, que é o clube associativo.

À medida que as notícias vão saindo, a coisa fica mais impressionante e também tem o papel do próprio associativo, que, por enquanto, está balizando tudo que o Textor deseja, está com o Textor nesse processo de tentativa da manutenção dele como o manda-chuva do clube dele. Vamos ver como as coisas vão se desenvolver nas próximas semanas – completou.

Fonte: Redação FogãoNET e SporTV

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