A falta de “personalidade para decidir” dos atacantes foi apontado pelo comentarista Paulo Cesar Vasconcellos, do SporTV, como um dos grandes problemas do Botafogo na temporada 2025. O Glorioso recebe o Bahia nesta quarta-feira, no Estádio Nilton Santos, em confronto direto na luta por uma vaga na Libertadores de 2026.
– Um dos grandes problemas desse Botafogo é que, ofensivamente, o time não tem jogadores com personalidade para decidir. Ano passado, o Botafogo tinha um jogador chamado Júnior Santos, que foi para o Galo e não aconteceu, que tinha personalidade para decidir. Hoje você olha, o Botafogo foi ao mercado e trouxe o Artur. Artur não tem personalidade para decidir. O Botafogo continuou com o Mateus Martins, que não tem personalidade para decidir. O Jeffinho idem – criticou PC.
– Então, você tem uma equipe que do meio de campo para trás consegue se comportar razoavelmente, tirando o jogo contra o Fluminense, mas do meio para frente não tem jogadores com personalidade para decidir. Esses jogadores só conseguem aparecer numa partida quando o jogo já está definido. Quando o jogo está 2 a 0 para o Botafogo, aí você vai ter o Mateus Martins se sobressaindo, Jeffinho, Artur… Agora, quando está 0 a 0, em que o jogo pede personalidade para decidir, esses caras não decidem – completou.
Além da crítica sobre os jogadores de frente, PC Vasconcellos também lembrou da inexperiência do técnico Davide Ancelotti e nas escolhas de John Textor.
– Cai tudo na conta do Textor, porque ele demorou a escolher um técnico. Mas pior do que ter demorado a escolher um técnico, foi que ele não tinha nenhuma convicção em relação ao técnico que ele escolhei. Se ele tivesse convicção, ele teria escolhido o Renato Paiva em janeiro, ele mora no Rio desde dezembro. Aí demitiu Renato Paiva e trouxe um técnico que está em formação. Pode ser que ano que vem, se continuar no Botafogo, o Davide Ancelotti seja um técnico muito melhor do que é agora. Mas agora está acontecendo muita coisa para ele que ele não está entendendo. Mas dentro de campo não dá para ficar colocando só na figura do técnico. Os jogadores não decidem. São jogadores com um poder de decisão que inexiste – finalizou.
