Um Botafogo que faz força para atacar e tem dificuldade para fazer gols. Na derrota por 1 a 0 para o Atlético-MG, neste domingo, no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro, o cenário apareceu mais uma vez no Glorioso. O que foi comentado por Alline Calandrini, no “Fechamento”, programa do SporTV.
– Sabe o que eu sinto falta? Eu sinto falta do ataque vencer os duelos. Da força, desse um contra um, dessa arrancada. A hora que o Luiz Henrique pegava, o Almada pegava, o próprio Júnior Santos pegava. Eles iam dentro, assim. Você não vê hoje os pontas que estão ali fazendo essa função ganharem nesse duelo um contra um. Então eu acho que essa agressividade na hora de atacar, aquela força, o Botafogo perdeu – resumiu Alline Calandrini, que analisou o jogo.
– No primeiro tempo, a Botafogo foi superior. Eu acho que foi equilibrado, mas a Botafogo um pouquinho melhor no primeiro tempo. Mas no segundo, o Galo conseguiu se organizar melhor. Ainda espero um pouco mais, de fato, do Atlético-MG. Espero também um pouquinho mais do Botafogo. Foi um grande jogo. Mas foi um jogo abaixo, ao meu ver, tecnicamente – ponderou.
O comentarista Eric Faria lembrou ainda que o técnico Renato Paiva ainda parece estar tentando encontrar o time ideal.
– É como se o Botafogo estivesse em fevereiro e março e a gente já está chegando em maio. Foi uma decisão do clube, do dono do clube, começar a temporada mais para a frente mesmo. Que está se mostrando, por enquanto, uma decisão errada. Por enquanto. Agora, eu acho que o Paiva estava num rumo e de repente o time retrocedeu. Porque a gente viu aquele bom jogo contra o Palmeiras, com os três jogadores mais fortes no meio campo. O Marlon, o Gregore e o Patrick. E aí depois o Patrick teve uma queda em dois ou três jogos adiante e aí ele já mudou. Já trouxe o Savarino por dentro e jogando com dois caras abertos, o Artur e o Matheus hoje. Enfim, ele ainda está procurando o melhor encaixe pra esse Botafogo. Só que, cara, futebol brasileiro não te dá tempo. Quarta-feira, agora, o Botafogo já vai à Argentina enfrentar o Estudiantes, num jogo muito importante pela Libertadores. Isso vai custando, porque você não ganha, você perde confiança. Você não ganha, aí você tem um jogo em casa contra o São Paulo que você não ganha. Aí você sai pra pegar o Galo e não ganha. Você tira a confiança do time. Os jogadores entram em campo, “pô, será que é isso? Será que é aquilo?” Enfim, eu acho que ele estava num rumo e de repente virou o leme para o outro lado – disse Eric Faria
