As vaias da torcida no fim do empate em 1 a 1 do Botafogo com o Bahia, nesta terça-feira, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, no Estádio Nilton Santos, foram motivo de debate na ESPN. Para o comentarista Raphael Prates, do “Sportscenter”, os protestos são normais e indicam que o clube já tem outro nível de expectativa.
– Todo mundo imaginava confronto equilibrado. O anormal seria alguém fazer três ou quatro gols. É uma outra exigência, outra realidade, elenco bom, treinador bom, vai receber reforços. Tudo tem que ser levado em consideração. O torcedor esperava que o Botafogo fosse levar vantagem para Salvador, não vai levar. Os resultados estão nesse pacote. O Botafogo está na disputa, está na briga, jogos decisivos são assim mesmo, não vai sobrar. Tem chance de avançar no jogo da volta, o Botafogo tem tido bons resultados fora de casa. Tem confronto com o Palmeiras na Libertadores e vai disputar o título brasileiro até o final – aposta Raphael Prates.
– O Botafogo tem elenco muito bom, uma capacidade de investimento que pouquíssimos tem, bons jogadores, mas futebol é não é assim, tão rápido, faz parte um empate, uma derrota meio acachapante, mas está na briga por todos os grandes títulos – acrescenta.
O comentarista Breiller Pires citou ainda o estilo de jogo do time.
– Em alguns momentos, o Botafogo tem confundido jogo vertical com afobação. É uma ideia que vem desde o ano passado, acelerar para chegar de forma objetiva ao gol. Só que o Artur Jorge inseriu alguns conceitos que dão mais posse de bola, qualificam para a bola sair melhor, chegar mais limpa nos atacantes. O Botafogo não faz isso em alguns momentos, mantém o vício de querer resolver rápido. Ficou visível no jogo, o Bahia com muito controle administrando, o Botafogo querendo ligar lá na frente. O torcedor sente a ansiedade, perde um pouco a paciência. É menos sobre o que o time está fazendo na temporada e mais sobre algo circunstancial, de perceber a impaciência dos torcedores e pedir calma, porque o Botafogo tem qualidade – diz Breiller.
