O Botafogo não jogou bem e ficou no empate em 1 a 1 com o Athletico-PR, arrancado no último lance, nesta quarta-feira, no Estádio Nilton Santos. Para o comentarista Carlos Eduardo Éboli, do “Redação SporTV”, muito se deveu à atuação do adversário.
– O jogo gerou em mim uma expectativa superior ao que os times apresentaram. Gostei da eficiência da proposta do Athletico, freou o Botafogo, não deixou colocar em prática sua tradicional intensidade, foi eficiente na parte tática e controlou o jogo. O dono da partida foi o Fernandinho, que dá equilíbrio na dinâmica de jogo. O que Artur Jorge pensou para início não funcionou, um time com preocupação com ocupação no meio, para diminuir espaços do Athletico, que fez jogo de paciência, entregou a bola e falou “se vira aí”. Se posicionou na defesa e aos poucos se sentiu à vontade para sair para o jogo. Para mim, não há dúvida que o Athletico foi superior nos 90 minutos. O Botafogo não conseguiu ter intensidade. Com entrada tardia do Luiz Henrique, Artur Jorge esperou tomar o gol para tentar movimentação diferente, ele ainda ficou meio fora de posição, não jogou na zona de conforto dele que causa desconforto ao adversário. O Athletico perdeu a chance de matar nos contra-ataques, acabou sendo punido com gol mais uma vez nos acréscimos. Não é questão de reclamar de 20 segundos, é de falta de atenção de mais uma vez tomar gol de escanteio no último lance da partida – resumiu Éboli.
O comentarista ainda citou a escalação de Eduardo como titular.
– Eduardo está muito fora de ritmo, talvez tenha sido opção errada. Não pela ideia de jogo, mas pela pessoa, sem ritmo. Uma hora Eduardo precisa recuperar o ritmo. Se Artur Jorge conseguir recuperar Eduardo, melhor meia do último Campeonato Brasileiro durante o primeiro turno, ganha um reforço para a temporada. Mas a maneira que demorou a mudar o ritmo da partida, principalmente com entrada do Luiz Henrique, para mim foi o grande erro. Era para ter alterado já no intervalo – frisou.