Após perder por 1 a 0 para a Universidad de Chile na estreia na Libertadores, o Botafogo busca reabilitação nesta quarta-feira, quando enfrenta o Carabobo, no Estádio Nilton Santos. Para o comentarista Lucas Prata Fortes, o Caju, no “Redação SporTV”, apenas um resultado interessa ao time.
– É um jogo absolutamente inegociável. Qualquer paralelo com o ano passado, em que o Botafogo perde as duas primeiras e depois recupera, não pode ser baliza para esse ano. Afinal de contas, por mais que seja o nível do Campeonato Venezuelano, a gente sabe que são dois times de níveis absolutamente diferentes. O Carabobo inclusive na primeira rodada perdeu para o Estudiantes em casa. Acho que o Botafogo vem de uma partida muito competente (vitória sobre o Juventude), apesar do primeiro tempo inseguro em muitos momentos, mas que teve no segundo tempo uma excelente notícia que foi o deslocamento do Savarino para a posição em que ele melhor jogou ano passado. Ele jogava como quase que um meia central, meia-atacante central, afinal de contas o Botafogo jogava muito ofensivamente, parecendo que estava sempre com quatro atacantes. E com a chegada do Santi no lado esquerdo, o Patrick de Paula, que não estava fazendo uma boa partida, acabou sendo trocado. O Santi estava precisando ganhar ritmo, afinal de contas era só a terceira partida oficial dele no Brasil, ele que ainda não fez nenhuma partida completa, se mostrou muito mais funcional nesse formato. E o Botafogo fez talvez o melhor tempo dele nessas três partidas, que foi o segundo tempo contra o Juventude, relembrando muito as características de verticalidade, que é o que fazia parte do DNA do time campeão da América, campeão do Brasil ano passado – destacou Lucas Prata Fortes.
O comentarista analisou ainda a chance que Mastriani deverá ter como titular.
– É óbvio, a saída do Igor Jesus acaba tirando uma característica de um jogador que sai muito mais, que faz muito mais pivô do que o Mastriani, mas o Mastriani ao mesmo tempo é matador. É um jogador que tem essa característica de área, muito importante, e vai ter sua primeira oportunidade como titular hoje, já que o Rwan Cruz, jogador que chegou inclusive antes, ainda não mostrou para que veio. Ainda paira uma aura de dúvida sobre ele, que passou inclusive uma semana na Bulgária, fora dos treinos do Botafogo – ponderou.
Já a comentarista Ana Thaís Matos lembrou que o Botafogo ainda está em processo de fazer o time ganhar corpo.
– Parece que está amadurecendo o trabalho do treinador. Eu gosto sempre de lembrar que o Botafogo deu uma negligenciada no primeiro trimestre do ano. O time começou a jogar agora, começou a jogar para valer agora, no começo de Libertadores, do Campeonato Brasileiro. É tempo para ele aprimorar o que ele vai querer com esse meio-campo, sem o Almada. Ele vai ter que aprimorar a criatividade do time. Não pode ficar sobrecarregado só um jogador, porque quando ele não contar com o Savarino, o time precisa continuar jogando com outras alternativas, mas precisa continuar jogando. No ano passado, em muitas situações, o Savarino dividia a armação com o Almada. Às vezes até caindo pelo mesmo lado, mas era um jogo de mais aproximação e o Botafogo perdeu um pouco isso. E quando você perde isso, não é porque o time vai piorar, você vai acrescentar outras formas do time jogar, com mais participação dos jogadores que atuam pelos lados e mais o meio-campo. Eu achei, inicialmente, que ele fosse fortalecer um quarteto de meio-campo, quase como um losango, sem tanta responsabilidade com os pontas. Jogando com dois atacantes. Não é o que tem acontecido, ele tem usado o centroavante e mais dois jogadores mais móveis pelos lados. E apostando muito nessa trinca de volantes. Não acho que vale a pena abrir mão nem de Gregore, nem de Marlon Freitas, esse terceiro homem de meio-campo precisa ter um jogo um pouco mais acelerado, para você potencializar e contar com esses jogadores de mais mobilidade que tem ali no ataque do Botafogo – apontou.