Comentarista vê ‘situação mais realista’ no Brasileiro e cita que adversários observaram mais o Botafogo

Comentarista vê ‘situação mais realista’ no Brasileiro e cita que adversários observaram mais o Botafogo
Arthur Barreto/Botafogo

A condição atual da tabela de classificação do Botafogo no Campeonato Brasileiro, líder com seis pontos e um jogo menos que o Palmeiras, é mais próxima do que é a competição. É o que considera o comentarista Carlos Eduardo Mansur, que deu seu opinião no programa “Redação SporTV”.

– Acho justo dizer que em termos de aproveitamento de pontos estejamos em situação mais realista. O Botafogo é líder do campeonato porque é quem jogou melhor, mas o aproveitamento ia cair, primeiro porque era altíssimo no primeiro turno e depois porque em jogos equilibrados ou de adversário superior, encontrou uma bola e uma vitória. Isso não é sustentável a longo prazo. O que está acontecendo? Nada. Continua tendo suas virtudes, roubava bolas, jogava no campo adversário e acelerava. Ontem não teve tanta criação e acaba levando o gol em lance que Adryelson sai demais, parecia ordem do Lucio Flavio, e o espaço se abre – analisou Mansur.

– Acho que o Bot jogou menos do que indicam as 32 finalizações. Encontrou melhores soluções no primeiro tempo do que no segundo. Levar um gol com seis minutos acaba condicionando, o Cuiabá protege ainda mais área superprotegia. Aí o Botafogo passa a ser extremamente dependente de chutes de fora e cruzamento, sem criar condições- adicionou.

Para Mansur, outro ponto a ser considerado é que o Botafogo passou a ter seu estilo de jogo mais estudado pelos adversários

– Se por um lado era natural o aproveitamento cair e jogos como esse fazerem parte da caminhada, por outro existe uma questão que é natural, consequência de um líder do campeonato que foi absoluto, ser muito observado. São raras as oportunidades de fazer transição, conseguir atacar rápido. O Athletico-PR me chamou atenção, a cada vez que tinha a bola baixava o ritmo. Os adversários tentam tirar o ritmo do Botafogo, passou a ser a receita. O Cuiabá não tirava tanto ritmo com a bola, mas defendia a área, dava pouco espaço e obrigava uma construção mais paciente – explicou Mansur.

– E nitidamente usam como estratégia retardar o jogo. É um precedente que a arbitragem tem que estar atenta, passou um pouco do limite. O primeiro tempo foi muito travado, o árbitro deu cinco minutos só, poderia ser mais. Faz parte da estratégia, mas mexe com a regra do jogo. O juiz tem que dar atenção maior a isso – completou o comentarista Rodrigo Coutinho.

Fonte: Redação FogãoNET e SporTV

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