Comentaristas debatem estratégia de Artur Jorge de colocar Barboza de centroavante no Botafogo: ‘Ele não foi medíocre, quis algo mais’

Comentaristas debatem estratégia de Artur Jorge de colocar Barboza de centroavante no Botafogo: ‘Ele não foi medíocre, quis algo mais’
Vitor Silva/Botafogo

A estratégia do técnico do Botafogo, Artur Jorge, de utilizar o zagueiro Alexander Barboza, de 1,93m de altura, como centroavante nos 15 minutos finais do jogo contra o Bahia segue dando o que falar. Durante o programa “Linha de Passe”, da ESPN, os comentaristas fizeram um longo debate sobre.

Breiller Pires foi contrário à mudança e disse que a entrada do zagueiro no ataque acabou descaracterizando o time.

– Para mim, não era uma circunstância extrema. Entendo a vontade do treinador de buscar algo para vencer o jogo, exalto o trabalho do Artur Jorge, muito bom, promissor, mas questiono o momento da substituição. Colocar um zagueiro, um cara de 1,93m, que não tem cacoete de centroavante, descaracteriza o time de alguma maneira. Entendo que é um risco, é uma forma de compensar a ausência de jogadores como o Tiquinho, mas naquele momento era um Bahia que já tentava retomar o controle do meio, que já tinha um pouco mais a posse de bola e com capacidade de agredir. E, ao descaracterizar o time, diante de um adversário de qualidade, entendo que eu não faria a mexida. Esse é um tipo de mexida quando o time está perdendo, um tropeço, ir para o tudo ou nada – disse Breiller.

– O Botafogo já tinha uma postura propositiva e ofensiva, eu no lugar dele insistira nessa proposta, que é o que o Botafogo faz bem, as chegadas de trás. Ao tirar o Damián Suárez, ele perde um cara para vir de trás e coloca um pivô, um zagueiro improvisado, para receber bola e num mecanismo que não é automatizado, que é pouco treinado – completou.

O comentarista Eugênio Leal discordou do colega e elogiou a ousadia de Artur Jorge.

– Noventa por cento dos técnicos que estamos acostumados a ver aqui fariam o que? “Vamos assinar esse 1 a 1, ninguém sai triste, um potinho para cada um”. E ele não assinou. Não se satisfez. Isso é fundamental pensando no campeonato, porque três pontos de uma vitória valem mais do que três pontos de três empates, por conta do critério de desempate. Acho que tem que buscar a vitória sobre o empate, e ele não foi medíocre, quis algo mais – disse Leal.

Pedro Ivo Almeida também não enxergou problema na ousada mexida do técnico alvinegro.

– Se a gente enxergar o copo meio cheio? Era um jogo que dava para fazer, não era um resultado que vai definir a vida do Botafogo, não vai definir o estado do Artur Jorge. Acho que é OK, é razoável – disse Pedro Ivo, elogiando a qualidade da partida disputada no Nilton Santos:

– Foi um jogo com um placar ajustado. O Botafogo teve gol anulado por questão de centímetros no primeiro tempo, gol anulado no segundo tempo em que não me convenci ainda, para ser bem sincero. Foram dois times que tentaram jogar desde o começo. Foi um jogo muito interessante, que valoriza a coliderança do Bahia, valoriza o Botafogo, a torcida está longe de ficar preocupada, tem que entender para quem perdeu, qual foi o jogo que aconteceu. O Botafogo teve volume para fazer dois gols no primeiro tempo, dois ou até mais no segundo. Artur Jorge ainda vai bater cabeça, vai errar muito, acertar demais, precisa-se normalizar um pouco mais, mas ele sabe de bola. Foi um jogo muito agradável.

Fonte: Redação FogãoNET e ESPN

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