O Botafogo enfrenta o São Paulo nesta quarta-feira, e o técnico Renato Paiva vive um começo irregular no comando alvinegro. O início de trabalho do português foi debatido no programa “Seleção SporTV”, e o comentarista Eric Faria considerou ser precoce tecer qualquer tipo de avaliação por conta do pouco tempo de trabalho e do planejamento do clube.
– Renato Paiva está em fevereiro, ele está no meio da Taça Guanabara. Tem cinco, seis jogos. É difícil a gente entender ainda para onde vai esse Botafogo do Renato Paiva. Eu não tenho ainda certeza qual caminho vai tomar. Está muito no começo – disse Eric, pontuando sobre a ideia do treinador de usar mais os laterais na construção ofensiva:
– Claramente o Renato tem feito uma opção que com o Artur Jorge era menor, que é jogar muito pelo lado, com os laterais, usar muito os laterais no campo ofensivo. Até porque tinha o Almada e o Luiz Henrique, com muita qualidade técnica, e você não precisava tanto. O Renato o tempo inteiro quer que os laterais participem dos movimentos ofensivos. Isso vai ser uma tendência que ele vai usar nesse novo Botafogo.
Outro comentarista na mesa, Henrique Fernandes ressaltou que o nível individual dos jogadores está obrigando Paiva a fazer mudanças que ele não gostaria de adotar nesse início de trabalho.
– Acho que o time está forçando Paiva a fazer algumas escolhas duras, que ele não gostaria de estar fazendo agora. Como barrar o Alex Telles, que é uma questão básica, não só pela falha contra o Bragantino, mas pelo que o Cuiabano tem aportado ao time, de a saída de bola do time quando joga. O Santi Rodríguez, uma grande contratação, é super compreensível que ele esteja tendo dificuldade, jogou a reta final da MLS, parou de jogar em novembro e voltou a jogar agora em março pelo planejamento do Botafogo. Não jogou o início, ele não estava em janeiro, não jogou um jogo do Carioca. É um cara que ele tem que botar para jogar, porque tem qualidade e foi caro, mas que chega de uma paragem longa e vai demorar a engrenar.
– E aí ele tem que fazer uma escolha. Vai com o Patrick de Paula por dentro e abre o Savarino ou entra com o Matheus Martins e puxa o Savarino para dentro? A lógica, para mim, é Matheus aberto e o Savarino por dentro. Mas o Savarino também não vem bem. Ele [Paiva] não está conseguindo arrancar o melhor do Marlon. Então, ele tem que fazer algumas adequações para se aproximar um pouco mais do modelo do ano passado. E são escolhas difíceis – completou Henrique.
