O Botafogo de Tiago Nunes em 2024 começou em um 3-4-2-1 e mudou para 4-1-4-1 nas últimas partidas. No programa “Redação SporTV”, os comentaristas defenderam que jogar com linha de três na defesa não é a melhor alternativa para o elenco.
– Estou bastante curioso em ver como Tiago Nunes vai colocar Luiz Henrique, queria ver mudança de formação. Se olha para o elenco, a maior fartura é nos jogadores de velocidade pelo lado. Treinador tem que privilegiar isso, ter formação em que consiga colocar seu ponto forte. A formação com três zagueiros se mostra que não é um caminho, gostaria de ver dois jogadores com velocidade pelos lados, a meia é uma carência, só tem Eduardo, desde o segundo turno não consegue desempenhar o bom futebol de antes. Savarino pode ser esse jogador, embora não tenha característica de meia, de articulador, pode ser segundo atacante jogando por trás de Tiquinho. O caminho que enxergo de Botafogo mais criativo e agressivo é privilegiar o que tem de mais fartura – opinou Pedro Moreno.
– As equipes de Tiago Nunes são muito focadas em dedicar sua energia ao cumprimento tático. Isso às vezes deixa o time pesado, lento, pragmático, não joga com a leveza do futebol. O Botafogo do ano passado era leve em campo, as coisas surgiam de forma intuitiva, o que tem a ver com estar à vontade em campo. Esse esquema com três zagueiros força ainda mais a cumprir o lado tático. Acho que ele vai mudar esse esquema quando tiver lateral, usar o Tchê Tchê ali é um desperdício, pela capacidade de organização e competitividade. É o encaixe do Botafogo, que Tiago Nunes tem toda capacidade de fazer acontecer, mas vai promover futebol mais leve. É o grande desafio que tem em todos os clubes que assume. O futebol tem que fluir com certa naturalidade, ainda não vejo acontecendo, é início de trabalho, faltam algumas peças, mas podemos começar a ver – argumentou Jéssica Cescon.
Com 11 pontos em seis jogos no Campeonato Carioca, o Botafogo tem como próximo compromisso o clássico com o Flamengo, quarta-feira, no Maracanã.