Comentaristas fazem ressalvas a início de John Textor no Botafogo e veem ‘personalismo’ em decisões

Comentaristas fazem ressalvas a início de John Textor no Botafogo e veem ‘personalismo’ em decisões
Reprodução/SporTV

O início da Era John Textor no Botafogo foi visto com ressalvas pelos comentaristas Carlos Eduardo Mansur e Gilmar Ferreira durante debate no programa “Redação SporTV” nesta segunda-feira. Mansur enxergou uma certa dose do que chamou de “personalismo” nas entrevistas e decisões iniciais do empresário americano, que adquiriu 90% da SAF alvinegra.

– Tem uma coisa que provavelmente é mais discurso do que prática que em dado momento me assustou no Botafogo. Está claro que se investiu numa estrutura de scouting, temos motivos para acreditar que é ela que está ditando as referências, mas você via declarações do Textor como “EU não vi modelo de jogo no time do Enderson”, “EU gosto do Luís Castro”, “o MEU filho gosta do jogador tal…” Quando você tem uma estrutura dessa sendo formada, você espera que alguém com formação técnica em futebol vai dar essas diretrizes. Aparentemente, pode ser apenas um posicionamento público dele, mas quem vai analisar o trabalho do treinador que vai chegar? Se não, ele vira o diretor de futebol antigo, com a diferença de que ele é o dono – afirmou Mansur.

Gilmar Ferreira, por sua vez, voltou a falar sobre a decisão de Textor de demitir Enderson Moreira logo que a venda da SAF foi acertada. O jornalista crê que faltou ao investidor conhecer mais o “chão da fábrica” e criticou a contratação do diretor de futebol André Mazzuco.

Ele entregou o futebol na mão de um executivo que não vinha apresentando bons trabalhos nos últimos clubes. O Mazzuco não fez um bom trabalho no Vasco, no Santos e no Cruzeiro. John Textor tomou decisões muito rápidas sem conhecer o chão da fábrica. Quando você compra uma empresa, é preciso descer para o chão da fábrica e conhecer seus funcionários. Ao chegar no Botafogo e jogar fora aquele trabalho de soerguimento no ano passado, alguém precisava dizer pra ele que historicamente um clube que volta da Série B no primeiro ano passa dificuldades, tendo ele o tamanho que tiver. Aí ele começa a se deparar com as dificuldades, quando chegou no mercado viu que não é bem assim – analisou Gilmar.

Fonte: Redação FogãoNET e SporTV

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