Com uma equipe composta por reservas, o Botafogo tropeçou no Nova Iguaçu e ficou no 0 a 0, perdendo os 100% de aproveitamento do elenco principal no Campeonato Carioca. Para os comentaristas do programa “Redação SporTV” desta quinta-feira, o técnico Luís Castro precisa pôr fim ao rodízio e definir uma espinha dorsal.
– É a quinta formação diferente, e você paga um preço. Começou o campeonato com o Lucio Flavio, com o time B que não vai mais jogar campeonato nenhum. Aí o Luís Castro desfez um pouco o planejamento. O momento do campeonato já pede que ele ache um time titular e dê mais rodagem a esse time titular. E ele tem esses jogadores, ontem entrou mais uma vez com a equipe mexida – observou Carlos Eduardo Éboli.
– O elenco é equilibrado, mas num nível OK, não tem um fora de série. Está na hora de construir um meio-campo. Tem o Tchê Tchê, o Patrick de Paula, e o Marlon Freitas entra aonde? O Sauer será titular? Pelo lado esquerdo vai ser mesmo o Victor Sá? O Carlos Alberto tem muita agressividade, às vezes falta levantar a cabeça. Em várias situações, o Botafogo vai ser um time reativo. Ainda não tem construção coletiva, por isso encontra dificuldades contra equipes fechadas, quando precisa propor. Por isso já acho que deveria trabalhar sua espinha dorsal – completou Éboli.
Marcos Luca Valentim, outro comentarista na mesa, disse que não conseguiu enxergar nenhuma jogada trabalhada do Botafogo na partida desta quarta-feira e pediu “senso de urgência” para o treinador alvinegro trabalhar melhor a equipe considerada titular.
– Não há ainda um padrão de jogada. É um chute de fora da área, um lançamento aleatório, uma bola que espirra… OK, é início de trabalho, mas não tem como esperar muito mais tempo para postergar uma situação que é óbvia. Parece que há uma expectativa nesse Botafogo a partir do ano passado, mas acho que deveria ter um pouco mais de senso de urgência, para quando o Brasileiro começar ter um time pronto – observou Valentim, encerrando:
– OK, ele vai rodar o time. Mas quando tiver que ganhar, que jogar, vai definir quem são os seis ou sete que não podem sair desse time. Essa espinha dorsal só terá um padrão com o tempo. O Botafogo precisa ter uma filosofia. Não parece que há uma força para existir essa espinha dorsal, porque está sempre rodando muito.