O Botafogo começou o Campeonato Brasileiro em 2023 e 2024 praticamente da mesma forma. Se no ano passado foram 21 pontos nos primeiros nove jogos, nesta temporada são 19. Em ambas o time lidera a competição, o que faz a imprensa traçar comparações. No programa “Sportscenter”, da ESPN, o comentarista Breiller Pires elogiou mais a equipe atual.
– Defendo que a forma de jogar é mais vistosa, mais agradável. Faço o recorte do Luís Castro. Para mim, o do Artur Jorge tem um pouco mais de repertório. Não é que o jogo do Botafogo não tenha sido agradável com Luís Castro, mas era mais direto, acelerado, de transições. Continua fazendo isso, mas com jogadores mais técnicos, sabe mais o que fazer com a bola, tem um pouco mais de cadência. Ontem não foi um bom jogo, venceu sem conseguiu envolver, teve felicidade nos gols, faltou um pouco mais do Botafogo coletivo, mas foi cascudo. Mesmo não jogando bem, consegue o resultado, três pontos importantes. Vai criando casca o Bot do Artur Jorge. É promissor. E o torcedor está muito vacinado pelo trauma do ano passado, mas vejo que o elenco deixou isso para trás, joga sem o peso de 2023 e com identidade nova sob comando do Artur Jorge – elogiou Breiller Pires.
– A torcida não abandonou o time. Começa mal na Libertadores, troca de técnico, mas já vimos em Cariacica enchendo o estádio, fazendo mosaico. A ruptura não é permanente, não vai ficar em 2023 para o resto da vida. O torcedor está tendo motivos para acreditar e dar voto de confiança. Até jogadores que ficaram marcados, como Marlon Freitas, estão jogando bola que não jogaram no auge de 2023. Artur Jorge está capitaneando esse processo, sendo a cara nova, que dá identidade de jogo diferente. Depende muito dele, de técnico que estabilize e tenha continuidade para trabalhar – adicionou Breiller.
O comentarista André Donke foi outro a valorizar o Botafogo de 2024.
– É um recorte, mas o atual me empolga mais. É um perfil corajoso, time que mudou a forma de atacar. Ano passado na ausência do Tiquinho Soares ficava em situação complexa, agora não, tem mais repertório. É vertical, mas não é reativo, sabe controlar a bola. O Botafogo jogou a Libertadores esse ano pesado desde o começo, teve várias finais. Vale lembrar que com Luís Castro, em jogo vistoso, de transição forte, o que o Lucas Perri garantiu de pontos… O Botafogo não tinha o controle que tem atualmente. Nessa amostragem, vejo esse Botafogo com teto mais alto que da temporada passada – opinou André Donke.