A Conmebol divulgou o vídeo mostrando o diálogo do árbitro com a equipe do VAR no lance da possível expulsão de Tchê Tchê, do Botafogo, por um chute no rosto de Alexis Soto, do Defensa y Justicia. O juiz boliviano Gery Vargas acabou mantendo o cartão amarelo.
VAR (Carlos Orbe): “Quero ver se acerta o rosto. Quero ver como é o contato, se é leve ou não. Primeiro, ele chuta o rosto.”
Árbitro (Gery Vargas): “De forma temerária acerta o adversário. Ele acerta com o peito do pé. Quer jogar e acerta com o peito do pé.”
VAR: “Acerta com o peito do pé aonde?”
AVAR (Christian Lescano): “Há força, ele acerta o rosto numa zona desprotegida.”
VAR: “Gery, potencial cartão vermelho. O contato é em cheio no rosto. É para você ver a intensidade e a força.”
O árbitro, então, vai ao monitor rever o lance e não muda sua decisão, mantendo o amarelo.
– É com o peito do pé, Orbe. Claramente pela forma do contato com o peito do pé na tentativa de disputar a bola e a intensidade vejo que é médio. Mantenho a decisão, Orbe – afirma Vargas.
Especialista critica VAR
Comentarista de arbitragem da ESPN, Renata Ruel não concordou com a chamada do VAR Carlos Orbe, do Equador, para rever o lance e recomendar uma possível expulsão.
– Se o Tchê Tchê tivesse atingido com a trava da chuteira a cabeça do adversário, aí a gente analisaria como cartão vermelho, mas não é isso que acontece. O árbitro acerta no cartão amarelo, o VAR pode ter se impressionado com o sangue que escorre do jogador, mas a gente não pode só analisar a consequência. A arbitragem tem que analisar todos os fatores dentro da regra. Eu concordo com o árbitro do campo e não concordo com o VAR – disse Ruel.