Além da expectativa por sua primeira final de Libertadores, a torcida do Botafogo estava ansiosa em ver Jairzinho, maior ídolo vivo do clube e um dos maiores jogadores da história do futebol mundial, entrar com a taça antes da bola rolar contra o Atlético-MG em Buenos Aires. Do lado mineiro, Diego Tardelli teria a honra. Mas a Conmebol mudou o protocolo.
Aproveitando que o tenista Novak Djokovic estaria na Argentina para fazer uma partida de exibição contra Juan Martín Del Potro, a Conmebol convidou o sérvio para entrar com o troféu. A entidade fez uma homenagem a Jairzinho e Tardelli bem antes da bola rolar, e quase ninguém viu.
– Foi bizarro. Eu cheguei bem antes e, para minha surpresa, eles entraram com uma placa, fazendo uma homenagem, bem antes do jogo. Ninguém viu, o estádio estava vazio. Mudaram o protocolo em cima da hora, sem avisar ninguém. A reação do estádio foi zero, ninguém nem ligou para o Djokovic [com a taça] – detonou André Rizek no “Seleção SporTV”.
Os comentaristas da mesa também detonaram a atitude da Conmebol, que nem sequer avisou que haveria uma mudança na programação, deixando todos os torcedores surpresos.
– Achei um micaço, uma bolaça fora da Conmebol. Era a chance de você homenagear um cara em vida ainda, um cara do tamanho que foi o Jairzinho para o futebol, na história do Botafogo, da Seleção Brasileira, das Copas do Mundo. E o Tardelli, obviamente, não tem o tamanho do Jairzinho, mas para Atlético-MG ele é gigante. Aí você muda o protocolo para se aproveitar de uma ocasião, sabe? É uma vergonha alheia. Eu fiquei com vergonha vendo o Djokovic carregar a taça. Vexame da Conmebol! – disse Eric Faria.
– Algumas pessoas, infelizmente, e eu falo dos cartolas, têm dificuldade de entender o tamanho do futebol. Futebol é infinitamente maior do que o Tênis. Desculpa quem gosta de tênis, quem gosta de basquete… Quem é Djokovic na fila de um monte de jogador de futebol, ainda mais naquela final que teve Jairzinho, artilheiro da Copa de 70? Como esportista, beleza. Mas, num jogo de futebol, ele [Djokovic] não é ninguém – protestou Conrado.
