O Botafogo deu mais uma prova de força psicológica ao vencer a Universidad de Chile por 1 a 0, na última terça-feia, no Estádio Nilton Santos, e se classificar para as oitavas de final da Libertadores. Em seu canal no “YouTube”, o comentarista Conrado Santana enalteceu o time alvinegro e ironizou os críticos.
– Eles falavam “E o mental desse time do Botafogo, hein? É, tem que ver o mental desse time do Botafogo, depois do que aconteceu em 2023. É, tem que ver, esse time não vai aguentar”. Mais um dia do Botafogo mostrando como é forte mentalmente essa equipe. Eu estou tranquilo para falar sobre isso, que o botafoguense que me acompanha sabe que estou falando isso desde o ano passado, em 2024, antes de ser campeão brasileiro, antes de ser campeão da Libertadores, quando o Botafogo tropeçou umas três vezes ali. Isso foi muito levantado mais uma vez, né? Cheguei a brincar lá nos debates onde eu participei “muita gente formada em psicologia, né?” Toda hora que o Botafogo perdesse ou empatasse, isso acontece no futebol. Enfim, é claro que hoje eu acho que não tem mais ninguém nessa, depois do Botafogo provar em campo, ser campeão da Libertadores com um jogador expulso. Mais uma vez, isso aconteceu no jogo decisivo, não era a final, mas o Botafogo garante a sua classificação com a grande vitória sobre a Universidade de Chile – destacou Conrado Santana.
Na visão do comentarista, o Botafogo está construindo algo para ficar enraizado e fortalecer o clube.
– Mais uma partida que o Botafogo teve que ir buscar. Teve essa questão da motivação extra, lembrando a final da Libertadores, o torcedor, a arquibancada não fica tão tensa assim, continua acreditando, faz parte dessa mudança de mentalidade do Botafogo com a chegada do John Textor. Enfim, o time chegando a disputar títulos, é construção, é construção de história, já gloriosa do Botafogo. Mas essa história recente vem de muitas derrotas, de muito pessimismo, da própria torcida muitas vezes duvidar de novo. Você vê num jogo como esse, para você ver a importância da conquista do título, de passar por dificuldades e ir conquistando o clima diferente do Nilton Santos. “Jogador expulso, no empate a gente está fora, não, dá para acreditar, tranquilo, a gente já fez. E muito mais difícil, já fez em uma final de Libertadores”. E consegue de novo o resultado. Isso vai criando casca, não só no time especificamente, nesse grupo de jogadores, mas no torcedor, na diretoria, na história, na camisa do Botafogo. Isso vai ficando para a história, é um time que não desiste, é um time que na adversidade consegue o resultado. É muito maior do que só uma classificação, é muito maior do que só um título da Libertadores. Esses episódios vão construindo casca e argumentos na história do Botafogo. Quando a gente está vivendo o momento, é até difícil perceber isso, mas de novo, uma atrás do outra, isso vai acontecendo, vai criando. Isso vai sendo escrito e aos poucos fica na identidade do torcedor botafoguense e do clube como um todo – apontou.
– Vitórias como essas, como as duas últimas, por exemplo, na Libertadores, dão gás e dão moral para um time continuar aí na luta. Que vitória do Botafogo e não tem mais ninguém falando de mental, né? Curioso, ninguém falando de mental. Isso foi provado no campo, que esse time, além de bom de bola, é bom de cabeça – completou;