Chief Operations Officer do Botafogo, Alexandre Costa concedeu entrevista à Botafogo TV e falou sobre a logística do Alvinegro para o Super Mundial de Clubes. O COO deu detalhes da preparação e do planejamento para a competição nos Estados Unidos.
– A gente começou a falar de Copa do Mundo 2025 antes de ganhar a Libertadores. Houve uma altura que eu chegava a brincar que a gente tratava ao mesmo tempo de uma Copa Libertadores, de uma Copa Intercontinental, que a gente não sabia se ia chegar, e de uma Copa do Mundo. Mas, de fato, as primeiras conversas foram antes da Libertadores, alguma troca de informação. Com a vitória da Libertadores e a consequente classificação, tanto para a Copa Intercontinental de 24 como para a Copa do Mundo de 25, começamos a intensificar as conversas e a primeira coisa que a gente tinha que decidir e que a Fifa nos obrigava a decidir era o Team Base Camp. E o Team Base Camp era constituído por um hotel e um centro de treinamento. Nós recebemos uma brochura da Fifa com as várias opções. Quando soubemos que íamos ficar na Costa Leste, obviamente que concentramos nas opções que queríamos ter, perto de Los Angeles, e a partir daí havia uma série de critérios, haviam uns hotéis com centro de treinamento que a Fifa ofereceu, e havia uma série de opções e uma série de regras para cada time pudesse escolher. Nós fomos conversando com a Fifa, fomos vendo quais eram as opções que o Botafogo poderia conseguir e que também nos interessava e que achássemos que era interessante para a nossa lógica e para o nosso conceito, o que é que nós queríamos de um hotel e de um centro de treinamento, e a 10 de janeiro nós tivemos que fazer a escolha, e foi aí que nós fizemos a primeira escolha, a primeira opção, que foi ficar aqui em Santa Bárbara – explicou Alexandre Costa.
– É complexo, nós temos uma equipe que, já no passado, realmente foi uma altura de muita organização de grandes competições, a final da Libertadores, a Taça Intercontinental e agora a Copa do Mundo, uma interação muito grande com a Fifa. Nós fizemos essa escolha a 10 de janeiro, portanto, ficamos, sinalizamos que a nossa opção seria esta. Em março houve um workshop da Fifa em Miami, em que nós viemos um grupo de colaboradores do Botafogo, desde a parte de marketing, logística, segurança, comunicação etc. Fizemos lá uma série de reuniões em que muitas coisas ficaram definidas e nós aproveitamos essa viagem e viajamos aqui a Santa Bárbara, a Los Angeles, para conhecer o hotel, o centro de treinamento e combinar as coisas localmente, como é que nós queríamos que as coisas fossem organizadas, para, dentro das regras da Fifa, fazer ao jeito o Botafogo e conforme os jogadores estão habituados e sentem confortáveis. Isso foi feito em março, quando definimos o plano geral e depois, a partir daí, foi uma série de reuniões com a Fifa, eu diria quase diária, houve uma altura que eu recebi mais e-mails da Fifa do que qualquer outra coisa, mas íamos trabalhando, íamos combinando, a Fifa é muito exigente a pedir uma série de informações relativamente a transporte, viagem, o que é que nós vamos transportar, material de carga, quantidade de pessoas, o fretamento do avião, que é feito pelo clube, o clube tem que, a logística de viagem, desde a sua cidade até o Team Base Camp é realizado pelo clube, nós isso tivemos que contratar e fomos fazendo essa organização – afirmou.
O Botafogo está hospedado em Santa Bárbara, na Califórnia, onde realiza treinos. Domingo, viajará de avião para enfrentar o Seattle Sounders, na estreia no Super Mundial.
– Nós, quando falamos com a Fifa, explicamos mais ou menos qual era o nosso conceito, o que é que nós gostávamos para um torneio em que nós íamos ficar aqui um período longo, então nós sempre optamos por um hotel, se possível, que não fosse tão urbano, que tivesse alguma tranquilidade, para os jogadores poderem ter o seu tempo de treino, o seu tempo de descanso também. A Fifa indicou-nos este hotel, em Santa Bárbara, como uma boa opção. Nós já conhecíamos, sabíamos onde é que era Santa Bárbara, ficava relativamente perto de onde nós vamos jogar, nós podemos ir de avião direto de Santa Bárbara para o primeiro jogo em Seattle e depois para os jogos em Los Angeles fazemos um transporte terrestre relativamente curto, vamos sempre na véspera, e aqui dava-nos essas condições. Obviamente quando em março viemos, confirmamos essas condições, o hotel, de fato, tem uma estrutura excelente, que permite exatamente alguma privacidade, descanso da equipe, concentração, e depois temos um centro de treinamento aqui perto, onde fizemos o primeiro treino ontem, o centro de treinos também dá-nos todas as condições de campos, de vestiário, de espaço para fazer as reuniões e os vídeos, etc. Portanto, vimos que tinha essas condições todas e, de fato, aí sacramentamos que era aqui que íamos ficar – detalhou.
– Muitos meses, muito trabalho, é uma organização intensa, uma conversa com a Fifa constante, de uma série de informações que nós precisamos passar e que precisamos receber, obviamente, para nos organizarmos, mas sim, foram vários meses preparando para chegar agora, ao momento que todos esperamos, estar numa competição deste nível, não é? – completou.
