Coordenador-técnico do Nova Iguaçu, Andrezinho revê o Botafogo e torce por retomada: ‘Momento é de união. Amor fala mais alto’

Andrezinho, ex-Botafogo, é o atual coordenador-técnico do Nova Iguaçu
Vitor Melo/Nova Iguaçu FC

O Botafogo mais uma vez reencontrará neste domingo, na partida contra o Nova Iguaçu, um velho conhecido. Andrezinho, coordenador-técnico da equipe da Baixada, atuou pelo Glorioso entre 2012 e 2013, integrou o time histórico que tinha Seedorf e foi campeão carioca.

Em entrevista ao “UOL”, o ex-meia não escondeu o carinho que tem pelo Alvinegro. O jogador admite que o momento do clube é muito difícil, mas acredita que a receita é a união para o Botafogo dar a volta por cima e conquistar o acesso de volta à Primeira Divisão.

– Penso que o Botafogo tem de se reestruturar, é um momento difícil do clube. A pandemia dificultou muito não só os clubes de menor investimento, mas também os grandes, como é o caso do Botafogo. Ainda mais, caindo para a segunda divisão. É um campeonato que já disputei, competição muito difícil. Vou além, acho que esta edição da Série B vai ser a mais disputada. Terá grandes equipes, muitas que já foram campeãs. Então, tudo isso vai dificultar ainda mais. Penso que o Botafogo tem de ter jogadores que conheçam a competição. É uma fase difícil, mas o Botafogo é gigante e só tem uma maneira de sair: a união. É unir comissão, jogadores e diretoria, e os torcedores apoiarem. Nessas horas é que o amor fala mais alto – afirmou Andrezinho, completando:

Eu me sinto muito honrado em ter vestido a camisa do Botafogo. O carinho que recebo dos alvinegros é muito grande, muitos dizem que o último time que dava gosto de ver jogar foi aquele de 2012. Esse carinho e esse reconhecimento são muito gratificantes.

Andrezinho faz parte de um projeto bem sucedido do Nova Iguaçu, que depois de três temporadas voltou à elite sendo campeão da Série B1 do Carioca e da chamada “Seletiva” e já conquistou uma vaga à Série D do Brasileiro do ano que vem. Ele trabalha na comissão técnica desde que pendurou as chuteiras, em 2019.

– A experiência como coordenador técnico está sendo a melhor possível. Nunca pensei em estar fora do futebol, não sei fazer outra coisa, e está sendo muito bom poder passar um pouco da experiência que tive em campo, trabalhar com jovens jogadores, ter esse desafio de ver o outro lado. Quando se está jogando, às vezes, não se tem noção do que o estafe trabalha para dar sustentação para que os jogadores façam o melhor. Está sendo um aprendizado diário, estou gostando muito – contou Andrezinho, que revelou como o passado nos campos ajuda na função fora de campo:

– Modéstia à parte, a gente consegue trazer muitas coisas para os jogadores. Até brinco falando que, para quando eles pensarem em fazer alguma coisa, lembrar que já estive do lado deles (risos). Temos aquele feeling de vestiário, de quando o atleta está chateado, feeling de chegar à diretoria para falar alguma coisa relacionada aos jogadores, o que é importante para conquistar os títulos. Claro que o futebol não é uma matemática exata, mas sabemos o que deixa mais próximo à conquista. Tendo um ambiente de trabalho bom, sabendo a hora da cobrança, do carinho, isso ajuda muito, e é essa bagagem trago de 20 anos de profissional. Passei em vários grupos, trabalhei com vários treinadores, e pegou um pouco de tudo isso.

Fonte: Redação FogãoNET e UOL

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