Técnico do Botafogo, Luís Castro vive um 2022 de transição. Com mudanças no elenco e projetando evolução na estrutura, o clube se transformou em SAF, com John Textor como investidor. A relação do treinador com o empresário é boa.
– Tanto John quanto eu estávamos bastantes conscientes daquilo que eram as dificuldades. Não há nada pior na vida que não ter consciência de nós mesmos e não termos consciências dos projetos que temos em mãos. A relação com ele tem sempre sido muito boa. Foi através dele que fui contatado para ser técnico do Botafogo e desde então temos tido muita sintonia, sabendo que temos ter paciência para contornar as dificuldades, sempre com coragem e sangue frio. É isso que temos feito, confiando muito um no outro. Eu confio nele e sinto que ele confia em mim. Confio muito na torcida que nos apoia, é um clima de confiança que se vive no Botafogo, mas também todos com consciência das dificuldades que estamos vivendo e vamos viver até o final – explicou John Textor, ao “Lance!”, em entrevista na “Brasil Futebol Expo“, evento organizado pela CBF, na última segunda-feira.
O treinador português se mantém tranquilo e consciente, apesar de admitir que gostaria de avanços estruturais mais rapidamente no clube.
– Todos nós queremos que as coisas andem de uma forma muito mais rápida. Não vou esconder que gostaria de já ter o centro de treinos, uma academia muito mais ligada à equipe A, uma organização toda ela modernização projetada para o futuro, mas sabemos que tudo isso leva tempo e será feito com o futuro. A equipe A com um rendimento melhor do que já tem tido. Nós contra o Fortaleza só tivemos o Gatito dos remanescentes da Série B. Toda a equipe foi remodelada ao longo da temporada. Portanto é extremamente difícil exigir muito mais daquilo que tem sido feito. O certo é que eu exijo, os jogadores também exigem deles mesmos para que a gente possa se estabilizar, acabar o campeonato bem e com bons resultados – detalhou.
Luís Castro segue olhando para cima e foca na manutenção na Série A do Campeonato Brasileiro e em uma vaga na Copa Sul-Americana.
– A temporada foi claramente projetada para viver uma transformação no elenco e essa transformação não afeta aquilo que é nossa ambição no Brasileirão. Temos o objetivo de ficar na Série A e, ao mesmo tempo que isso é feito, tentar um novo olhar sob a academia, projetar um novo centro de treinamento e isso será o futuro do Botafogo como organização. O modelo de futebol do Botafogo é formar jogadores e desenvolvê-los. Tudo isso está ainda a ser feito de uma forma inicial. Nosso objetivo é ficar na Série A e se possível ainda conseguir uma Sul-Americana, estamos a dois pontos, então está tudo em aberto. Já falei que olhamos para cima e é nesse caminho que vamos continuar – finalizou.