O que mudou? Crítica de John Textor, Leila Pereira concordou com fala de auxiliar sobre ‘sistema’ e reclamou de CBF e arbitragem há menos de um ano

O que mudou? Crítica de John Textor, Leila Pereira concordou com fala de auxiliar sobre ‘sistema’ e reclamou de CBF e arbitragem há menos de um ano
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Há menos de um ano, no início de julho de 2023, o Palmeiras era o maior crítico da arbitragem e da CBF. O que mudou para o clube hoje ser o principal desafeto do Botafogo e se opor às denúncias de John Textor contra manipulação de resultados no futebol brasileiro?

No dia 2 de julho, o auxiliar João Martins afirmou haver um “sistema” no futebol brasileiro para impedir o Palmeiras de ser bicampeão brasileiro. Sem provas nem evidências.

– Nós entendemos que o futebol brasileiro passa uma imagem de que é o mais competitivo do mundo porque ganham vários. Mas ganham vários porque, muitas vezes, não deixam os melhores ganhar. Foi mais uma vez o que se passou hoje. É ruim para o sistema o Palmeiras ganhar dois anos seguidos – denunciou João Martins.

Três dias depois, em 5 de julho, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, concordou com a fala do auxiliar e fez críticas à CBF e à arbitragem brasileiro.

Leia abaixo as declarações reproduzidas à época pela ESPN:

– Eu estive com o (presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Luiz) Seneme há uns 10 dias, naquela parada da Data Fifa. Conversei com ele por uma hora, uma hora e meia, e sempre ouço promessas de que (a arbitragem) vai melhorar, que estão trabalhando nisso… E a gente acredita… Aí quando vejo outro erro absurdo (como o ocorrido em Athletico-PR x Palmeiras com Endrick), e não foi nada subjetivo, foi um erro objetivo… Então, fico cansada. A gente fica desanimado…

– Quando o João Martins fala na entrevista dele, ele fala baseado em fato de todos esses problemas (de arbitragem). Ele mentiu? Não mentiu. O João falou a verdade. E, aqui no Brasil, as pessoas têm muita dificuldade em ouvir a verdade.

– O João agora vai ser julgado pelo STJD. E o árbitro, que cometeu o erro? Vai para a reciclarem, fica (fora da escala por) três ou quatro jogos e volta. E o prejuízo que nós tivemos? Prejuízo esportivo, psicológico, de imagem, financeiro… É muito injusto. Então, a partir de agora, eu vou reclamar, reclamar e reclamar. Vai adiantar alguma coisa? Não sei. Eu faço o que eu posso e o Abel faz o que pode.

– O Abel (Ferreira) entende e está coberto de razão quando fica extremamente nervoso (com erros de arbitragem). E o que eu fico indignada é que as pessoas levam em conta as reações do Abel, mas não a causa daquilo. Erros absurdos, que têm causado prejuízo para o futebol brasileiro. Não erram só contra o Palmeiras, erram para todos os lados. E eu não vou admitir mais isso. Não posso brigar com o sistema, mas o Palmeiras é muito grande.

– Eu e o Abel não viemos para o Palmeiras para sermos submetidos a esses erros absurdos e ficarmos quietos. O Abel reclama, e ele sempre reclamou com muita razão. Agora, ele vai ter a parceria da presidente, que sempre trabalhou nos bastidores, mas que viu as coisas não surtirem efeito. A promessa que foi feita a nós é que vai melhorar, que o investimento em tecnologia é muito grande… Mas que tecnologia é essa que não consegue detectar se uma bola entrou ou não? Isso é inadmissível para o nível do futebol brasileiro. Então, estou muito revoltada com tudo isso

– Depois que a CBF soltou aquela nota (oficial contra o Palmeiras), eu recebi uma ligação do presidente (da CBF) Ednaldo (Rodrigues), que é uma pessoa que respeito demais. Tenho certeza que ele está tentando fazer o melhor para a CBF. Conversei com ele e falei que o problema do Palmeiras não é com a pessoa Ednaldo, e sim com a Comissão de Arbitragem. Porque é inadmissível o nosso país ter à frente uma Comissão de Arbitragem que não consegue resolver erros primários. Foi isso que passei para ele”

– Tenho contato direto com o Ednaldo. O Palmeiras sempre foi muito bem recebido e atendido na CBF. A gente fala, reclama, mas não temos visto resultados. Prometem melhorias, novas tecnologias, prometem que erros bizarros não vão mais acontecer… A presidente faz o máximo que pode, mas não estou na cabine do VAR, não estou em campo para orientar os árbitros, e esse nem é meu papel. Meu papel é mostrar falhas e cobrar melhores”

– Eu falo (dos erros referentes aos jogos) do Palmeiras, mas a arbitragem em geral erra muito, contra todo mundo. Mas tenho que falar do meu clube, dos prejuízos que o Palmeiras vem sofrendo. É isso que tem que melhorar. Eu luto pelo futebol melhor. O Palmeiras não quer levar vantagem, mas não quer ser prejudicado. Isso nós fazemos no dia-a-dia, procurando fazer o melhor para os atletas e para a comissão técnica para que os jogos sejam resolvidos dentro das quatro linhas. E não estou vendo nenhuma melhora nisso.

Fonte: Redação FogãoNET

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