Em manifestação ao procurador-geral do STJD, Ronaldo Piacente, sobre a nova notícia de infração impetrada pela Abrafut, a defesa de John Textor, acionista da SAF do Botafogo, subiu o tom e chamou a associação de “clube de amigos” e “ilegítima“.
A defesa, feita pelos advogados Luciana Lopes, Pedro Henrique Moreira e Tiago Amaro, do escritório “Lopes da Costa & Associados“, acrescentou que a entidade legítima para representar os árbitros é a Anaf (Associação Nacional dos Árbitros de Futebol).
O texto lembra que a Anaf, inclusive, “indicou dois representantes dos árbitros para a atual composição do Pleno do STJD, incluindo o presidente em exercício”, Felipe Bevilacqua, que assumiu o cargo após a nomeação do então presidente José Perdiz pela Justiça para interventor da CBF por conta da destituição de Ednaldo Rodrigues.
A nova notícia de infração foi protocolada pela Abrafut na última segunda-feira motivada pela resposta pública que John Textor publicou em seu site à presidente do Palmeiras, Leila Pereira. A Associação de Árbitros de Futebol do Brasil considerou que o norte-americano colocou os árbitros “sob suspeição” ao falar em “manipulação”.
Na manifestação, a defesa de Textor alega que o acionista da SAF do Botafogo nem sequer mencionou a arbitragem, tampouco “ofendeu qualquer um de seus integrantes”. E disse que o empresário “não medirá esforços para pautar o debate acerca de manipulações”, dizendo que o que o STJD apreciou até o momento é “apenas a ponta do iceberg”.
John Textor já foi alvo de notícia de infração da Abrafut, após a entrevista que concedeu no campo logo após a derrota do Botafogo para o Palmeiras. O norte-americano foi suspenso preventivamente por 30 dias e, depois, punido em mais cinco dias pela 5ª Comissão Disciplinar do STJD, além de ser multado em R$ 25 mil.