Lucio Flavio jogou no Botafogo entre 2006 e 2010, com dois títulos cariocas, dois vice-campeonatos estaduais e frustrações no Campeonato Brasileiro, na Copa do Brasil e na Copa Sul-Americana. Em 2023, foi auxiliar e técnico interino no time que perdeu o título na reta final. Como fica a relação com a torcida?
Ele revelou em entrevista ao podcast “GE Botafogo” que tem recebido apoio dos torcedores. Além disso, citou que o time poderia ter sido campeão se ele não tivesse ido demitido faltando cinco jogos para o fim do Campeonato Brasileiro.
– Quem está no futebol sabe que isso vai acabar acontecendo, ninguém vai só vencer ou só perder. Eu em relação ao torcedor não tenho nada para dizer, só gratidão. Falo de coração, nesse período que saí do clube, se encontrei mil torcedores de novembro até agora, todos vieram e me deram condições de saber que eu não saí porque fiz coisas erradas, muitos até falam em questão de injustiça. Enquanto atleta, fui até o final, o que procurei fazer foi o meu melhor, no futebol você depende de outros também, não é esporte individual. Tivemos ano interessante em 2007, infelizmente não conseguimos finalizar como imaginávamos, entram várias razões, nem vamos citar arbitragem porque faz tanto tempo – lembrou.
– Agora essa situação, tentei fazer o meu melhor no comando da equipe. Na verdade, assim, quem poderia imaginar que se eu permanecesse talvez não pudéssemos ter sido campeões? Trabalhei até a partida contra o Red Bull Bragantino, tínhamos jogo a menos, se vencêssemos o Fortaleza seríamos líderes. Nesse momento como treinador houve essa finalização saindo do clube, talvez se eu permanecesse poderia ter sido diferente de como terminou o ano – acrescentou.
Lucio Flavio ainda comentou sobre as críticas mais pesadas que recebeu nas redes sociais.
– É uma falta de entendimento da parte da pessoa achar que eu, como estava no comando, não quisesse vencer ou ser campeão. Óbvio que seria, para mim ia mudar muito questão de mercado e de carreira ter assumido o Botafogo e conseguido ser campeão. O que muitas pessoas falaram é aquela situação de que hoje, com rede social, as pessoas falam demais e depois querem pedir desculpas, “falei porque estava de cabeça quente”. Sou um pouco alheio a isso, mas muitas coisas chegaram a mim porque tem pessoas que gostam de mim e ficaram chateadas com algumas coisas que foram colocadas, pontuando muito no lado pessoal. Porque no sentido profissional não era só eu, era um grupo. Entra um pouco essa questão até mesmo de perseguição pessoal. Essa pressão melhorou? Não. Acabei saindo, o clube não ganhou mais nenhum jogo, a performance caiu em alguns jogos e acabou em situação de tabela bem pior do que quando estive à frente da equipe – completou.