Deyverson tentou colocar uma pilha nos jogadores do Botafogo na partida pelo Campeonato Brasileiro, mas depois perdeu a final da Libertadores para o Glorioso e teve de aguentar as zoações da torcida e dos próprios jogadores do Fogão neste fim de temporada 2024. Em resenha no “Podpah” nesta quinta-feira (12/12), o atacante do Atlético-MG, com seu estilo irreverente de ser, disse que aceitou tudo na boa.
– Eu amo isso, irmão. Se eu perder, fico quietinho. Mas se eu ganhar, me atura. Perdi a final do Libertadores. Quietinho, pai. É hora de ficar quietinho. Mas se tivesse ganho, eu ia me transformar, parceiro. Ia tirar aqui e ó [pisca o olho]! Esquece. Mas perdi, quietinho, e me zoaram. Faz parte. Fui campeão na Libertadores, zoei. Os caras ganhou [sic], fizeram um ano extraordinário. Têm que zoar mesmo – disse Deyverson.
– Eu não tenho nada contra o Botafogo. Os torcedores do Botafogo me zoando pra caramba e eu quietinho… Nunca tive nada contra o Botafogo. Com ninguém. Um dia que eu ganhar, eu vou zoar. É o futebol, irmão! Vida que segue! O presidente deles falou comigo lá na final do Libertadores, me aplaudiu, falou do meu jogo. E acabou – completou.
Deyverson esclareceu até mesmo a entrevista que deu dizendo que iria torcer para o Palmeiras ser campeão brasileiro – e, outra vez, se deu mal, já que o Glorioso também ficou com o título:
– Para um ganhar, um tem que perder, essa é a lei da vida. Brasileirão eles mereceram muito. No ano passado, bateu na trave. Tem aquela rivalidade ali, aquela zoação que eu fiz na entrevista, dizendo que eu torcia para o Palmeiras, pelo fato de eu ter jogado no Palmeiras. Não é nada contra o Botafogo. Muitas pessoas já querem confusão, já querem aquela coisa… Eu joguei no Palmeiras cinco anos, tenho aquele carinho.
‘Quando foi um expulso, pensei que o título era nosso’
Titular na final em Buenos Aires, Deyverson foi questionado sobre a derrota para o Botafogo mesmo com o Atlético-MG jogando toda a partida com um jogador a mais.
– Entramos sabendo que seria um jogo difícil, porque o Botafogo era o favorito, todo mundo falando que o Botafogo ia ser campeão por tudo que vem fazendo… Só que a gente sabia o nosso potencial, a gente tinha jogadores cascudos. A gente sabia jogar Libertadores. O Galo é grande demais! Então a gente já estava ali sabendo que a camisa pesa também. E aí já criou aquela rivalidade no jogo contra o Brasileirão, faz parte. Algumas palavras a gente não concorda, né? Falar que o time é uma merda, essas coisas assim… Acaba sendo uma coisa chata. Eu não ouvi, quem ouviu foram os caras que falaram depois, tu tá mexendo com a instituição – iniciou.
– Quando foi um expulso no começo, passa na nossa cabeça: “É nosso. Esse título é nosso!” Só que, eu não sei o que aconteceu, a gente não soube administrar essa vantagem de um jogador a mais. Então o Botafogo vai ali, numa bola batida, bateu, chutou, bateu no outro… Gol do Botafogo. Caramba! Aí do nada, pênalti. Falei: “O que é isso? O que está acontecendo? Estamos um jogador a mais, vai dar para gente!” Começou o jogo, Vargas, 2 a 1. Falei: “Tamo dentro. É nosso, é nosso!” Só deu a gente. Teve a minha cabeçada de peixinho… O Vargas teve duas oportunidades. Quando o Vargas não fez aquela por cima, eu já no banco, pensei: “Esquece” – continuou.
– Da mesma forma que a gente pede para Deus nos abençoar, também tem jogador lá que pede para Deus abençoar também. Da mesma forma que a minha família, que foi minha esposa, minha sogra, meu sogro e meu primo, foi no estádio, a família dos caras também estava no estádio. Da mesma forma que os filhos dos meus amigos, meus filhos, os dos caras também estavam no estádio. O mesmo sonho que eu tinha de ganhar a Libertadores, os caras também tem o sonho de ganhar a Libertadores. Um vai sair vitorioso e um vai perder – concluiu.