Primeiro reforço do Botafogo na segunda janela, o meia-atacante Diego Hernández vem brigando por espaço no time alvinegro e ainda não conseguiu emplacar uma sequência. Em entrevista à rádio uruguaia “Carve Deportiva”, o jogador elogiou o futebol brasileiro e comparou a Série A com a Liga dos Campeões.
– Hoje o Brasileirão é a Champions, está igual. É uma loucura, o ritmo, o espetáculo nas arquibancadas, os jogadores, estou gostando muito – afirmou Diego, explicando as diferenças que percebeu em relação ao futebol uruguaio:
– Muda o ritmo, os treinos, a estrutura, a quantidade de pessoas nos jogos, é tudo em excesso aqui, é de primeiro nível. Não digo que no Uruguai não seja de primeiro nível, mas aqui há mais coisas para conhecer. E tem também os gramados, a bola aqui voa, ela quica e vai embora, eles molham o campo, você tem que ter o controle perfeito se não te comem. Todos os jogadores aqui são de elite e estão adaptados a isso.
Diego Hernández afirmou que ainda está no processo de adaptação ao futebol brasileiro, ressaltou o respaldo que tem recebido no clube e disse que está focado em evoluir.
– Demora um pouco para se adaptar, tem um tempo em relação ao ritmo. Estou passando por esse processo, o corpo técnico, o gerente, todos estão falando comigo sobre isso. Mexe um pouco com a cabeça, porque estava vivendo um bom momento no Uruguai, e aqui tenho que buscar espaço, mas estou lidando com isso da melhor maneira, estou num grande clube, numa linda cidade – disse, continuando:
– Uma coisa é vir para passear, outra é vir para trabalhar e a ver a paixão das pessoas aqui. Me sinto muito bem, indo jogar todas as partidas com muita gente no estádio. Estamos muito bem no campeonato, classificados também na Copa, está muito legal.
O meia-atacante uruguaio disse que se surpreendeu com Tiquinho Soares e Luis Henrique, classificou sua melhor atuação no jogo contra o Guaraní-PAR em Assunção, pela Copa Sul-Americana, e contou que vem sendo utilizado nas duas pontas e também como um meia por trás do 9. Diego também foi perguntado sobre a seleção do Uruguai.
– Quero me concentrar mais aqui, pensar no Brasileirão, como estava no Uruguaio, sentia que poderia ter uma chance, e estive com o grupo. Hoje quero pensar no Botafogo, quero jogar e depois ver se poderei ser considerado. Um professor da seleção Uruguaia me ligou há alguns dias para em perguntar como eu estava, mas no momento não há mais nada – frisou.
