Dinheiro saudita, relação com Textor, chance de fazer história… Programa debate situação de Luís Castro no Botafogo

Dinheiro saudita, relação com Textor, chance de fazer história… Programa debate situação de Luís Castro no Botafogo
Vitor Silva/Botafogo

A situação de Luís Castro no Botafogo foi bastante debatida no programa “ESPN F360” na manhã desta segunda-feira, dia seguinte à vitória sobre o Palmeiras. John Textor admitiu que o treinador tem proposta do Al-Nassr e que a decisão estará nas mãos do português. O próprio treinador, no entanto, não deu pistas do que irá acontecer.

– A parte financeira é muito importante para qualquer profissional, em qualquer ramo. Mas o prazer pelo trabalho, um bom ambiente de trabalho, a boa estrutura, o tesão pelo trabalho que ele tem mostrado, isso muitas vezes para uma pessoa que já tem uma situação financeira boa pode fazer com que ele recuse uma proposta milionária – opinou o apresentador Abel Neto, continuando:

– Dá para comparar a situação dele com a que o Jorge Jesus passou no Flamengo ou com o Abel Ferreira no Palmeiras. O Jorge Jesus fez história no Flamengo e foi embora, não quis continuar. O Abel fez história no Palmeiras e quis continuar fazendo história. No caso do Botafogo, se ele fizer história é mais marcante ainda porque o Palmeiras já vinha de uma sucessão de títulos, o Botafogo está há mais tempo carente.

A comentarista Nathalia Ferrão frisou que a possibilidade de fazer a história num clube do tamanho do Botafogo também pode pesar.

– Se ele fizer história com esse time agora, jogando com a propriedade e a intensidade que está jogando, o quanto ele não entra para a história de um clube como esse? Quanto ele não cresce na carreira dele? Mas ele vai pesar o resto. Eu acho que ele fica, mas a muito custo, porque é um cara que geralmente honra os compromissos dele. Mas é difícil, é uma decisão muito difícil, como o próprio Textor falou – disse Nathalia.

Por sua vez, o comentarista Eugênio Leal disse que o respaldo que John Textor sempre deu a Castro pode ajudar, mas ponderou que o comportamento do Botafogo na janela do meio do ano também pode ter influência.

– Eles se entendem, o Textor tem feito tudo por ele. Lá atrás quando o contratou, esperou ele acabar lá no Qatar, chegou já em cima da hora do Campeonato Brasileiro começar. Nos momentos difíceis, de cobrança, de exigência, o Textor nunca duvidou do potencial dele. Na hora de maior pressão, perguntaram a ele e ele respondeu: “Estou satisfeito, é o meu técnico”. Ele manteve o tempo inteiro e agora está colhendo os frutos – disse Leal, prosseguindo:

– Textor deve ter uma relação muito próxima suficiente para colocar a realidade para o Luís Castro, passar o que ele pretende em termos de investimento para o time. Ele já desabafou recentemente sobre o fato de o time hoje não ser rentável. O Botafogo é um negócio para ele, ele investiu, olha para o balanço e está perdendo dinheiro. Agora vai ter a janela, podem sair jogadores? Vamos contratar quem? Essa conversa também pesa.

Por fim, o comentarista Celso Unzelte foi mais pessimista.

– Eu esperava um Textor um pouquinho mais combativo, peleando um pouco mais. Tem que pelear, né? Eu acho que o Castro vai embora, se a proposta ainda estiver de pé. Sei que é chato para todo mundo, mas… – palpitou.

Fonte: Redação FogãoNET e ESPN

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