Diretor destaca ambição de John Textor e diz: ‘Botafogo vai a todo momento aumentar o nível de exigência entre as equipes que querem vencer’

Pedro Martins, diretor de futebol do Botafogo
YouTube/Botafogo TV

Campeão da Libertadores, o Botafogo terá pela frente para disputar a Copa Intercontinental, a Recopa Sul-Americana e o Super Mundial de Clubes. Além, claro, da reta final do Campeonato Brasileiro 2024. O diretor de futebol Pedro Moreira destacou o projeto e ambição de John Textor.

– Eu acredito que isso se conecta com a ambição que foi estabelecida pelo John Textor. Quando ele chega no Botafogo, fala que está pensando muito grande para o clube. Essa visão, essa ambição, também é transmitida para todos os outros setores, para todos os outros departamentos do Botafogo. E hoje está muito claro que o clube está conseguindo conquistar todos os seus objetivos, etapa por etapa, passo a passo. Nada foi fácil, nada tem sido fácil e eu acredito que, hoje, poder internacionalizar a imagem do Botafogo, a marca do Botafogo, não só com a conquista da Libertadores, mas também com duas grandes disputas, faz parte de um grande plano, de um plano que é colocar o Botafogo entre as principais equipes do Brasil, sempre. Que é colocar o Botafogo em ritmo de competição e como um clube que vai a todo momento aumentar o nível de exigência entre as equipes que querem vencer. A gente sabe que é irresponsável oferecer ou prometer títulos sempre, mas é possível e é viável prometer para a torcida uma equipe que vai sempre orgulhar o botafoguense. Que vai sempre colocar o Botafogo entre as principais equipes do Brasil. Tudo isso faz parte de um grande plano que foi estabelecido lá atrás e agora a gente está no meio dessa construção – explicou Pedro Martins, à Botafogo TV.

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Título da Libertadores

– Realmente, é um momento muito especial para o clube. A gente está muito feliz. Acho que o Botafogo merecia essa conquista, não só pela história que tem, por tudo que essa torcida vem fazendo durante a temporada, mas pelo futebol que vem praticando. A gente tem visto o Botafogo superar uma série de dificuldades e esse grupo vem se fortalecendo. Tem sido muito bonito acompanhar essa história do Botafogo na Libertadores e durante a temporada como um todo, porque o momento que a gente viu a expulsão do Gregore, ficou claro ali que tinha uma equipe muito sólida, muito forte, que era capaz de superar qualquer tipo de dificuldade. E a gente viu o futebol que foi jogado, a maneira como eles enfrentaram aquele deSAFio. Eu fico muito orgulhoso por fazer parte da construção dessa equipe, porque aquilo ali é o real significado de uma equipe forte. E tenho certeza que esse grupo sai ainda mais motivado e pronto para os desafios que a gente ainda tem como jogo de hoje, como jogo de domingo e por que não falar também do Intercontinental que deve acontecer daqui a algumas semanas.

Sentimento do elenco

– Tenho sentido que o grupo está, ao mesmo tempo, eufórico pelo resultado conquistado, mas também muito focado, muito comprometido em buscar o Campeonato Brasileiro também. A gente sabe que é uma competição difícil, ainda temos duas finais e não podemos escorregar. A gente sabe que tem o Palmeiras aí, que está trabalhando muito para buscar esse título. Então, a equipe, ao mesmo tempo que comemorou o que tinha que comemorar em Buenos Aires, tem um compromisso dentro do centro de treinamento, de que o grupo tem que estar trabalhando, tem que estar no seu limite, tem que estar pronto para esses dois desafios. Ficaremos muito felizes se puder ser possível comemorar o título hoje, mas se não, a gente não pode deixar isso escorregar e isso vem com trabalho, vem com muita dedicação. Tenho sentido em todos, não só os atletas, mas também o estafe, todas as pessoas que trabalham no clube, muito comprometidos, para que a gente consiga fazer com que esse ano seja memorável, não só por causa da Libertadores, mas também porque tem um título brasileiro aí em disputa.

Título ter vindo rapidamente com a SAF

– Olha, uma surpresa sempre é, porque não é simples, vamos falar, o Botafogo foi transformado em SAF há muito pouco tempo. Ninguém acredita em que você vai falar, que em um período de menos de três anos o clube já ia conquistar a Libertadores, mas quando você olha para dentro, e a maneira como o trabalho está sendo construído, o perfil dos jogadores que estão aqui dentro, a maneira como o Artur Jorge liderou todo esse processo de construção do Botafogo, eu diria que é muito justo. Seria inclusive injusto se o Botafogo não fosse o campeão da Libertadores, pelo futebol que vem sendo jogado e pelo nível de compromisso. Vocês acompanharam o quanto as pessoas duvidaram dessa equipe durante o ano todo, e a gente foi vencendo diversos obstáculos, obstáculos que foram apresentados dentro do campo, mas também fora do campo. E os jogadores mostravam, “olha, a gente é competente o suficiente e é possível a gente ganhar essa competição”. Se você olha no aspecto macro, eu diria que veio muito rápido, e se você olhar no detalhe, no dia a dia, na maneira como isso foi sendo construído, eu diria que foi muito justo. Acho inclusive a maneira como essa trajetória foi construída no Campeonato Brasileiro, claro que está nas nossas mãos, mas nós temos que trabalhar, tem mais uma reta final aí, para justamente justificar, e fazer com que esse título brasileiro seja mais uma coroa na construção desse trabalho que é imenso, que é feito por muita gente, por diversos departamentos, por uma organização inteira. Seria muito interessante a gente parar, olhar depois o ano de 2024 e poder falar “o Botafogo foi campeão da Libertadores, o Botafogo conseguiu um título nacional e foi lá e fez um belo papel no Intercontinental”. Esse é o nosso objetivo. A gente tem que estar lutando aí, para que isso seja possível. E como vocês vêm falando, ano que vem a gente tem muita competição para disputar, isso é bonito, é muito legal, mas também vem uma carga de responsabilidade imensa. O clube precisa estar preparado para disputar essas competições e manter esse nível de exigência alto que foi estabelecido, que é do tamanho da instituição. Agora a gente só vai querer olhar para frente e poder honrar essa trajetória que foi sendo construída até agora.

Festa da torcida

– Falar do que a torcida vem fazendo durante essa temporada inteira, eu que cheguei no clube há seis meses quase, tem sido impressionante. O botafoguense tem acompanhado o clube em todos os lugares que a gente vai, eu te falo, porque eu estou em todos os hotéis, quando a gente chega, e é impressionante a quantidade de botafoguense que está aqui, todas as vezes, nos dando suporte, nos dando apoio. Quando a gente chegou no Rio de Janeiro, naquele domingo, foi um negócio impressionante. Do momento em que a gente saiu do aeroporto até chegar em General Severiano, foi um negócio sensacional, porque foi a trajetória inteira, foi o caminho inteiro, os botafoguenses não deixando o ônibus andar. Isso é muito legal, foi muito bonito ver aquela conquista e o quanto isso representa para o botafoguense, o quanto isso é importante para eles. Você olhava de cima daquele trio elétrico, parecia que não acabava a quantidade de pessoas, a quantidade de gente que estava ali festejando. E era uma festa que parecia que não ia ter fim. Com relação à virada de foco, à virada de chave, isso é construído antes, a gente vem conversando com os jogadores, com a comissão técnica, com o estafe, e existe um compromisso muito forte dentro do Lonier, de que a gente quer ganhar as competições que estão na nossa mão. I isso a gente não pode passar, a gente não pode deixar fugir, então é um elenco que já é muito comprometido, muito focado, festejou o que tinha que festejar, mas na segunda-feira já estava todo mundo trabalhando, todo mundo já pensando nesse desafio com o Internacional, que a gente sabe que vai ser um jogo muito difícil. Tivemos treinamento segunda, terça e hoje já está todo mundo com a chave virada, para essa partida que é fundamental. Eu acho que a grande comemoração vem quando você faz o balanço da temporada, aí cai a chave, aí você vai falar sobre o Libertadores, aí você vai falar sobre o Campeonato Brasileiro, você vai falar sobre o que foi o Intercontinental. Até lá é trabalho, foco e dedicação para conquistar tudo o que está por aí.

Sentimento pessoal

– Não tem como você não ser impactado, por tudo que representa o Botafogo nessa conquista, não só porque você vai conhecendo os torcedores melhor, você vai conhecendo melhor os colaboradores, que estão há 20, 30 anos trabalhando, esperando para uma conquista como essa. Foi muito bonito ver essas pessoas se emocionando ao apito final, aí não tem jeito de você não se emocionar junto. É óbvio que fico muito orgulhoso e muito feliz, pela maneira como a equipe se comportou, no apito final. Você fala assim, “caramba, esses caras realmente entregaram 100% do que tinham ali, para que a gente pudesse sair com esse título”. Isso gera um orgulho muito grande, porque engrandece ainda mais o que é esse título. Eu acredito que tinha que ser assim, pelo que tenho visto a história do Botafogo é repleta de emoção, não tem jogo fácil, não tem jogo simples. Acho que isso diz muito sobre o que é ser Botafogo, você se dedicar até o final, você não desistir, você se esforçar. São valores que dialogam diretamente com o que eu sou como pessoa, com o que eu sou como profissional, então não tem jeito de você, no final de tudo isso, não ser botafoguense, não ser contaminado pelos valores que é ser Botafogo.

Reta final do Brasileirão

– Vamos lá, vamos trabalhar muito, vai ser um desafio muito difícil, mais uma final, estamos nos acostumando a jogar finais. Eu acredito que estamos preparados para, quem sabe, se não for para conquistar esse título agora, no final de semana estaremos procurando dar mais um orgulho para a torcida botafoguense.

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