A expulsão de Gregore teve peso decisivo na final da Libertadores, vencida pelo Botafogo por 3 a 1 sobre o Atlético-MG, em Buenos Aires, em novembro de 2024. É o que acredita o diretor de futebol do Galo, o ex-jogador Victor Bagy, que crê que o cartão vermelho modificou as estratégias para o jogo.
– Na verdade, assim, nesse período entre a classificação para a final e a final, nós vivemos um momento de instabilidade no Brasileiro e perdemos uma Copa do Brasil. Isso, animicamente, contamina, né? Pesa. Não é determinante, mas tem uma relevância também. É é uma situação que você não trabalha. Como é que você vai fazer uma semana de trabalho visando uma final de Libertadores contando que os caras vão ficar com jogador a menos com um minuto de jogo? 40 segundos. Então, assim, ao mesmo tempo que te abre um um horizonte de otimismo maior, ao mesmo tempo, te gera um “e agora? A nossa estratégia vai ser a mesma?” Você tinha uma estratégia para 11 contra 11. Talvez ser mais reativo. Com um jogador a mais, você tem que ser mais propositivo. Talvez a gente demorou um pouco a entender essa dinâmica, perdeu-se muito tempo e acabou sofrendo os gols. Mas a gente também não pode tirar mérito do adversário que teve uma temporada… Não vamos tirar o mérito – afirmou Victor, ao “Charla Podcast”.
O dirigente evitou colocar culpa em Gabriel Milito, criticado pela imprensa por ter demorado a realizar alterações.
– São decisões, são escolhas, né? Da mesma forma que se tivesse dado certo, acertou a estratégia. Falar depois é mais fácil. Não vou ser engenheiro de obra pronta aqui. Mas realmente a gente demorou a entender o que o jogo tava pedindo ali – resumiu.