Dirigente do São Paulo revela que tentou contratar oito titulares do Botafogo: ‘Bala na agulha deles foi mais forte que a nossa’

Dirigente do São Paulo revela que tentou contratar oito titulares do Botafogo: ‘Bala na agulha deles foi mais forte que a nossa’
Vítor Silva/Botafogo

O Botafogo campeão brasileiro e da Libertadores em 2024 teve oito jogadores titulares que o São Paulo tentou contratar antes do Alvinegro. A revelação foi feita por Rui Costa, diretor-executivo do clube paulista, ao programa “Sem Filtro, da “GZH“.

Tudo é uma lei de mercado, mas o futebol ficou num patamar hoje insustentável. Eu não sei de cor, se você souber de cor a escalação do time do Botafogo, eu vou dizer para vocês aqui, sem estar de forma alguma mentindo, que do time titular do Botafogo, entre seis ou sete atletas estiveram aqui, nas mãos do São Paulo. O scout do Botafogo é muito bom, sem dúvida alguma. É fácil elogiar o scout do Botafogo depois de tudo que o Botafogo conquistou com os jogadores que ele tem? Sim, é mais fácil – analisou Rui Costa.

Eu não sei de cor. Se vocês me disserem a escalação do Botafogo, eu digo cada jogador que o São Paulo teve a chance de contratar e não pôde finalizar a negociação, não por incompetência do seu executivo, do seu diretor de futebol, do seu presidente, porque na última hora, a bala na agulha foi muito mais forte que a nossa. Ou seja, não te faltam instrumentos de gestão, não te faltam instrumentos de conhecimento, não te faltam instrumentos de atuação no mercado, te falta o quê? Dinheiro – lamentou.

O dirigente explicou caso a caso. Leia abaixo.

John
– Fizemos proposta, o Santos aceitou, na última hora mudou os valores e o John não veio para o São Paulo. Mas teve proposta, aceita, uma negociação que teve toda a diretoria empenhada nisso. Não é a atual diretoria do Santos, que fique bem claro. E aí na última hora se reuniram lá um conselho do Santos e negaram a proposta do São Paulo. Depois eu acho que ele foi emprestado e aí finalmente foi para o Botafogo.

Vitinho
– Vitinho, lateral-esquerdo em toda a Inglaterra, na Premier League, destro, formado no Cruzeiro, que jogou muito tempo como lateral-esquerdo e, portanto, tinha uma força, fazia um jogo muito diferente porque ele vinha por dentro, como ele é destro, e que sabia também jogar na lateral direita, portanto um jogador multifuncional, que é o que a gente adora. Entrei em contato com ele, falamos com o empresário dele, vimos toda a construção para tentar, será que vem por empréstimo, opção de compra, a gente põe uma cláusula obrigatória, não foi possível chegar aos números. Mas fomos talvez o primeiro clube brasileiro que fez contato com esse jogador e eu não saberia tanto dele se eu não tivesse falado. Eu acho que ele é mineiro até.

Alexander Barboza
– Barboza, formado no River Plate, jogou no Defensa y Justicia, se não me falha a memória, estava no Libertad. Conversamos com ele e o Libertar só vendia e aí não foi possível contratá-lo.

Alex Telles
– Óbvio, óbvio. O Alex Telles era um jogador que nós queríamos também, mas se vocês souberem o salário que ele tem hoje, merecidamente, tem no Botafogo, fica longe das nossas pretensões. Fui eu que o levei do Juventude, Série D, para o Grêmio.

Gregore
– Quando estava no Inter Miami, nós também conversamos com ele, mas infelizmente o Inter Miami queria transfer, que é a palavra que nos causa arrepios.

Marlon Freitas
– Marlon Freitas no Atlético Goianiense, Muricy Ramalho observou, vou citar aqui porque o Belmonte merece que eu cite, o Belmonte olhou, todos nós analisamos, gostamos muito, o presidente nos deu a autonomia total para fazer uma oferta ao Atlético Goianiense. Mas aí tem um senão que eu não vou dizer, mas percebemos que ele não ia ser muito inserido pela comissão técnica daquele momento e aí resolvemos não investir, tinha investimento, porque investir para não jogar é um problema, mas foi um jogador que nós tínhamos chancelado já para contratar.

Savarino
– O São Paulo sondou o Savarino, que foi contratado por este teu amigo aqui, quando estava nos Estados Unidos. Eu estava no Atlético Mineiro, e quem trouxe o Savarino para o Brasil, naquele momento, fomos nós. Eu estava diretor executivo do Atlético e fiz toda a negociação para levar o Savarino, que era desconhecido no Brasil. Depois, fui eu que liguei para ele no FaceTime e disse, venha para o São Paulo, vamos lá, fizemos oferta para ele e tal. E a oferta financeira que foi feita para ele (pelo Botafogo), tanto para ele quanto para o clube, para o clube quase o dobro, financeiramente não tinha como competir.

Igor Jesus
– E o Igor Jesus nós também conversamos com ele, conversar a gente conversa, mas claro que eu acho que é importante dizer isso, porque pode parecer até, não, mas quantas frustrações… Não é frustração, o mercado, quando a gente está falando de mercado, é capacidade competitiva e falta de dinheiro.

Fonte: Redação FogãoNET e GZH

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