CEO do Botafogo, Jorge Braga deu longa e interessante entrevista à “Exame Invest” sobre os ambiciosos planos do clube para os próximos anos. O Glorioso agora é SAF (Sociedade Anônima do Futebol) e tem John Textor como investidor.
Já há novo posicionamento de marca e ideias sendo colocadas em prática.
– Queremos transformar a indústria em que atuamos, que é a do futebol. O nosso sonho grande não é ser o maior. Queremos ser o mais divertido e o mais criativo. O mais interessante. Tenho convicção de que somos o maior projeto de reestruturação do futebol brasileiro. Queremos mudar as práticas e os benchmarks do futebol no país e atuar como uma propriedade cultural do país no exterior – explicou Jorge Braga.
O processo foi possível apenas porque o clube se reestruturou no ano passado, sob liderança do presidente Durcesio Mello e do próprio CEO. Entre corte de gastos, realinhamento de receitas e negociação de dívidas, o Botafogo reconquistou credibilidade e fez a lição de casa.
Melhor organizado, o clube tem ambições maiores para os próximos anos.
– Queremos transformar o Botafogo em um produto mundial, fazendo esse investimento agregar valor à holding do John Textor. Passamos pela primeira fase, de sobrevivência. E o segundo, de transformação, é tão dramático quanto. Na primeira interação que tive com o John, ele fez uma pergunta sobre patrocínios, e eu respondi pensando em maximizar financeiramente a equação do Botafogo. O jogo dele não é só essa variável, mas qual a decisão que aumenta o valor do negócio? O desafio é pivotar o modelo mental (da cultura de como administrar o futebol) novamente – afirmou Braga.
Um dos grandes desafios é conseguir executar rapidamente os planos.
– Temos que encurtar o tempo. O plano é transformar o Botafogo em um clube de futebol relevante na América Latina e no mundo. E entre a aspiração que temos e a capacidade de entrega há um gap (distância) que passa por tudo: gente, modelo de negócios, estrutura… não temos, por exemplo, um centro de treinamento com gramados, núcleo de performance – declarou o CEO, que espera o clube estar bem diferente já no próximo ano.
– (Espero contar) Que o case do Botafogo colocou o futebol do Brasil no mapa de investimentos e negócios no mundo, como produto, experiência, conteúdo e audiência. Acreditamos que é o caminho para o resgate do futebol brasileiro para o mundo, como propriedade cultural – completou.