O segundo episódio do documentário “Das Cinzas ao Fogo”, da Botafogo Films, mostrou bastidores de 2024, do recomeço e de Artur Jorge no clube. As imagens exibem uma entrevista exclusiva com o treinador e momentos dele com a funcionários e jogadores.
O treinador, hoje do Al-Rayyan, contou por que aceitou a proposta do Botafogo.
– Era a minha vontade de assumir o projeto Botafogo e eu saber que, do outro lado, tinha um líder, um presidente, um dono de uma instituição que me garantiu que era a mim que queria – disse Artur Jorge.
– Tudo aquilo que nós conversávamos foi sempre de grande ambição, de grande sintonia até, do que projetávamos para o próprio clube. Falar de títulos no Botafogo poderia ser até excessivamente arrojado para o momento – lembrou.
O técnico português até hoje se orgulha do ambiente que encontrou no clube.
– É onde todo calor humano me faz sentir, de fato, especial. Sentir que era a camisa que eu vestia, não só uma camisa para amanhã atirar, mas uma camisa de pele onde o Botafogo tinha estampado aquela estrela – destacou.
– Eu consegui encontrar um grupo extraordinário dos jogadores, um grupo de homens que se mostrou muito forte mentalmente, um grupo de homens que se mostrou, para além das suas competências futebolísticas, se mostrou à altura do desafio, preparadíssimos para corresponder à exigência que nós próprios criamos para nós – adicionou.
O episódio ainda mostra conversas internas de Artur Jorge com a comissão técnica e com os jogadores.
– Aquilo que é o meu objetivo, neste momento passa a ser também o nosso objetivo, um objetivo que temos em comum e que será sempre, sempre, fazer um Botafogo melhor e mais forte. Nós dependemos muito daquilo que é o vosso trabalho, de cada um de vós, e a parte mais visível será sempre o treinador quando perde, a equipe quando ganha, os jogadores, o elenco, mas há uma parte que é fundamental para que isto funcione, uma parte que é normalmente a mais invisível. E essa parte invisível são vocês todos que aqui estão. São aqueles que, na sombra, nos bastidores, atrás de todos nós, fazem com que isto funcione – diz ao funcionários.
– É para mim uma convicção. O melhor do futebol são sempre os jogadores. Depois temos os treinadores, temos os diretores, temos os torcedores, mas aquilo que faz de fato esta máquina andar é os atletas. São aqueles que têm o desempenho, aqueles que trabalham, aqueles que fazem como isto funciona – salienta aos jogadores.
Responsável pela contratação de Artur Jorge, John Textor rasga elogios ao treinador no documentário.
– Tivemos muitos desafios em 2024. A equipe era muito diferente, tivemos um novo treinador conectado no sistema. Todo mundo se lembra de quão fortes fomos no final da temporada, quando o treinador e os jogadores já se conheciam bem. Mas tivemos muitos desafios tentando encontrar nossa identidade do começo até a metade da temporada – iniciou.
– Artur é um homem que tinha uma incrível confiança em si mesmo. Você combina essas habilidades com a ambição, a convicção e a capacidade de transmitir essa convicção para o seu time. Ele era um ótimo motivador. Ele realmente acreditava que poderíamos ser campeões – completou Textor.
