Durcesio Mello pegou o Botafogo na Série B, levou-o de volta à Série A, liderou o processo de transformação para SAF e agora está comemorando o título da Libertadores. Em suas últimas semanas como presidente, ele revelou uma “sensação de dever cumprido” com a conquista da América, sem deixar de ressaltar que ainda tem o Campeonato Brasileiro para levar também.
– A ficha está caindo aos poucos. Ainda estou passando mal, estou todo nervoso (risos). É muita emoção. E foi muito trabalho, quando você imagina que a gente pegou o clube na Série B, conseguimos ser campeões da Série B, aí no mesmo ano, no final do ano, vendemos a SAF para o John Textor e começamos a criação dessa equipe que culminou nesse ano. É uma sensação de dever cumprido, de muito orgulho, de muita satisfação. Eu estou muito feliz por tudo. Vou deixar o clube agora no final do mês, em 31 de dezembro, mas, certamente, com a sensação de dever cumprido. E ainda falta o Brasileiro, pode ter a cereja do bolo ainda – vibrou Durcesio em entrevista à “Rádio Brasil”.
Durcesio elegeu Marlon Freitas como jogador símbolo do título da Libertadores:
– Todos foram importantes. Mas se eu tivesse que citar um, eu citaria o Marlon Freitas. Ele foi execrado pela torcida, e hoje se tornou o líder do time. O Botafogo sem ele é outro. Até o quarteto da frente nem sempre funciona sem ele. É difícil apontar um, porque tem o Bastos, Barboza, John, o Savarino é um monstro… Se tiver que apontar um, que é uma coisa muito ruim, num time de 11, eu apontaria o Marlon Freitas até pela história dele desde o ano passado para cá. Deu a volta por cima, ele é brilhante.
Sempre exaltando John Textor, Durcesio vibrou com o momento do clube e disse que o Botafogo a partir de agora vai sempre esta brigando por títulos.
– Que [o torcedor] não acorde mais, porque a gente voltou ao cenário do futebol, o lugar que a gente sempre deveria estar. Daqui para frente, a gente vai ser sempre um protagonista. Nunca há garantia de título, tem outros times fortes também, mas daqui para frente o Botafogo vai estar sempre disputando todos os títulos lá em cima. O Botafogo veio para ficar. Agora não é mais disputar para não cair ou essas coisas. Agora a gente veio para ficar – disse Durcesio.
– Quando a gente assinou o contrato não vinculante em 24 de dezembro de 2021 e logo depois assinamos o contrato vinculante com o Textor, foi um grande… Não é só sorte, porque a sorte sem trabalho não vem. Foi fantástico, porque a gente achou uma pessoa maravilhosa, de índole incrível e que se apaixonou pelo Botafogo. A reconstrução é incrível, porque o Textor e eu conversávamos antes e a ideia era começar a disputar títulos em 2025, talvez em 2026. E aí antecipamos. Já podíamos ter antecipado ano passado, quando teve aquela tragédia. Agora veio e temos chance de ganhar o Brasileiro – recordou.
