O futebol do Botafogo hoje é administrado por John Textor via SAF, num processo que começou no ano passado liderado por Durcesio Mello e pelo CEO Jorge Braga. Mas o Glorioso ficou perto de ter outro dono: a The Football Company, uma empresa dos Estados Unidos. É o que revelou o presidente alvinegro no podcast “Glorioso Connection”, nesta terça-feira.
– Teve um bem próximo que foi o Gustavo Magalhães (economista que liderava o projeto da Botafogo S.A) que trouxe, os valores e as condições eram mais ou menos as mesmas, mas o Textor foi mais rápido e assertivo. Foi a The Football Company, ficou muito próxima, tive muitas videoconferências com eles. Eles tocam várias empresas ligadas ao esporte nos Estados Unidos – revelou Durcesio.
– De repente, aparece o John Textor, que segundo eu soube iria comprar o América-MG, aí o Thairo (Arruda) e o Danilo (Caixeiro, executivos da Matix Capital) sugeriram o Botafogo, e ele me falou que disse: “Não, o Botafogo é muito grande para mim, tem que ser um menor”. Aí entrou a XP. A Matix que trouxe o Textor, mas a XP entrou no processo. O Textor veio e já entrou com a XP. Isso foi até uma briga minha com o Jorge, ele queria que fosse via XP e eu questionava isso – continuou o presidente.
Durcesio Mello elogiou a forma como o processo de transformação do Botafogo em SAF foi conduzido, ao ser questionado sobre o fracasso do Figueirense como clube-empresa antes das novas SAFs serem instaladas no futebol brasileiro.
– É fácil dar errado, mas nosso contrato é leonino em relação a investidor, a torcida do Botafogo pode ficar tranquila. Ele (John Textor) não pode pegar dinheiro emprestado sem aprovação, não pode se endividar, que eram coisas que o Figueirense fez. Não pode mexer na marca, mexer na largura da faixa, nada – explicou.