O Botafogo fez história ao conquistar a Libertadores com um jogador a menos na final, contra o Atlético-MG, e também com a torcida, que colocou quase 40 mil pessoas no Mâs Monumental, em Buenos Aires. O técnico alvinegro Artur Jorge afirmou que, ao pisar no gramado e ver aquela multidão nas arquibancadas, a 2 mil quilômetros do Rio de Janeiro, foi um momento inesquecível.
– Nesta final tivemos o aspecto máximo da libertação, de uma euforia, a libertação daquilo que é um passado que nos castrou de alguma forma naquilo que eram os nossos sonhos. E vimos isso na Argentina desde cedo, com 50 mil torcedores presentes em Buenos Aires. Entramos no Monumental e todo aquele lado esquerdo, o meu lado esquerdo, é uma imagem que nunca mais vou esquecer na vida. É uma imagem que me fica gravada na memória para sempre. E onde senti lá também muito sua energia. Nós sentimos essa energia de todos aqueles que ali estavam – disse Artur Jorge, em entrevista à “Botafogo TV”.
– Já tive a oportunidade de falar sobre a nossa torcida, e ainda bem que eu não o fiz só no momento em que ganhamos. Esta é uma torcida que eu nunca vi igual onde eu passei. É uma torcida também que nós sentimos essa paixão e essa amargura também de um longo jejum à espera de títulos de expressão. Tem sido ao longo da temporada uma peça fundamental, não só nos jogos no Nilton Santos, mas também nos jogos fora. Eles têm sido muito consistentes no acompanhamento e apoio à equipe – completou.
A festa no Rio de Janeiro no dia seguinte, com uma multidão de botafoguenses na Praia de Botafogo, também mexeu com o coração do português:
– Vinte e quatro horas depois, regressamos ao Rio e temos também aquele mar de gente, ainda com muita gente na Argentina, um mar de gente que nos recebe e nos acolhe daquela forma tão entusiasta, tão quente, que nos faz sentir de fato valorizados. Tudo isto vale a pena quando fazemos atingir o sucesso, mas também deixamos muita gente feliz.
