Eagle nega fim de briga com John Textor e alega que SAF do Botafogo tenta ‘confundir e distrair’

John Textor no tapete vermelho da Bola de Ouro, em Paris | Setembro 2025
Reprodução/Ballon d'Or

Não acabou a briga de acionistas pelo Botafogo. A Eagle Football Holdings protocolou petição na Justiça no último dia 19 de setembro discordando de John Textor, que havia afirmado que a confusão estava no fim. A informação é do site “GE” nesta quinta-feira (25/9).

A alegação da Eagle é que “os recentes atos unilaterais da SAF Botafogo” não bastam, acusando-a de tentar “confundir e distrair” com suposto objetivo de ganhar tempo. Assim, poderia ter novos atos societários sem a anuência da Eagle Bidco e do diretor Christopher Mallon, o qual a empresa exige que tenha poder no processo de decisão do clube alvinegro.

John Textor havia enviado carta à Justiça garantindo que não vai transferir a SAF do Botafogo para as Ilhas Cayman. Para a Eagle, não é o suficiente.

De fato, sem meios de defender juridicamente a legalidade dos insustentáveis atos de 17.07.25 e de seus desdobramentos, a SAF Botafogo abdicou dos argumentos trazidos na sua contestação, na qual bradava, de forma contundente, porém malsucedida, a regularidade das referidas deliberações, e postulava o indeferimento dos pedidos formulados nesta cautelar – argumenta a Eagle em trecho da petição.

Desprovida de melhores argumentos, a SAF Botafogo agora afirma que, por meio de uma declaração do Sr. John Charles Textor (“Sr. Textor”, atual Presidente do Conselho de Administração da SAF Botafogo) e de uma assembleia unilateral, realizada no último dia 12 de setembro, não levou a efeito e não efetivaria o quanto deliberado em 17.07.2025, às escuras, sem a participação da sua controladora. Assim age a SAF Botafogo, com o claro intuito de legitimar conclaves irrefragavelmente nulos, praticados sem as formalidades societárias legalmente exigidas, das mais basilares, e por agente destituído de poderes para representar, sozinho, a Eagle Bidco, como exaustivamente demonstrado nestes autos – acrescenta.

Outra reclamação da Eagle é que a SAF do Botafogo cobra na Justiça o pagamento de um empréstimo de R$ 152 milhões feito pelo clube.

Essa é apenas uma demonstração de que não se pode crer no que alega e defende a SAF Botafogo, simplesmente porque a sua intenção, agora ainda mais evidente, é evitar a prolação de um provimento jurisdicional destinado a fazer cumprir a Lei societária que, de nenhum modo, tolera as práticas irregulares ocorridas na Companhia. Ora, o que a SAF Botafogo pretende é que esse MM. Juízo se faça omisso sobre os pedidos cautelares da Eagle Bidco para, na sequência, protelar a constituição do Tribunal Arbitral e criar um cenário odioso de ausência de órgão jurisdicional que possa pôr freios a atos nulos, silenciando a acionista majoritária – diz trecho da petição.

Fonte: Redação FogãoNET e GE

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