Antes criticada, a zaga do Botafogo, formada por Bastos e Lucas Halter, se firmou e vem tendo boas atuações no Botafogo. Comentarista do “Redação SporTV”, Carlos Eduardo Éboli reviu sua opinião sobre a dupla de defesa do Alvinegro.
– Tem um ponto, um setor que cresceu muito nas mãos do Artur Jorge, a dupla de zaga. Eu questionei muito a capacidade técnica de Bastos e Lucas Halter, até apontei como setor de fragilidade, mas inegavelmente vem crescendo muito de rendimento, ganhando confiança. Bastos ontem fez boa partida. Na pressão inicial do Vitória, a dupla de zaga fica exposta a não poder cometer erros, a se posicionar, a rebater bola o tempo todo. É uma dupla que vem crescendo e encontrando nível mais satisfatório, passa mais confiança para a própria equipe. É fruto de um trabalho bem desenvolvido pelo treinador. E o John ganhou a condição de titular, não deixa dúvida, tem facilidade com os pés e debaixo das traves mostra muitas qualidades. Foi importante para evitar que o Vitória saísse na frente no início da partida – destacou Éboli.
O comentarista ainda analisou o triunfo do Botafogo por 2 a 1 sobre o Vitória na Copa do Brasil.
– O Botafogo sofreu nos primeiros 20 minutos, para valer. O Vitória parou no goleiro John, como em finalização do Janderson e em bolas na área. Nos primeiros 25 minutos o Botafogo não conseguiu jogar, foi um Vitória agressivo, se posicionando bem no campo do Botafogo, Matheusinho com liberdade. O Botafogo não tinha linhas ajustadas, os setores não se conectavam, os atacantes quase não tocavam na bola. Quem mais tentou foi o Júnior Santos, com capacidade física, entrega, alternativas nas dificuldades. Foram 25 minutos de aperto, o Vitória não fez o gol, o Botafogo foi se arrumando, pegou carona no respiro natural, se reaprumou e passou a jogar, avançou marcação, causou desconforto na saída de bola e foi tomando conta do jogo. Muito mais equilibrado, com mais produção ofensiva, não à toa fez o gol no fim do primeiro tempo, meio sem querer, com Luiz Henrique. Fez a vaca deitar. O Vitória até tenta com ímpeto no segundo tempo, mas dando muito contra-ataque, num deles o Júnior Santos fez golaço, aí mais que nunca não teve o que o Vitória fazer, acabou a parada – resumiu.
A comentarista Jéssica Cescon enalteceu o trabalho de Artur Jorge no Botafogo.
– Não foi só a questão de energia e de mudança de postura. O Artur Jorge faz uma alteração de posicionamento do Savarino, inverte com Tchê Tchê, assume mais a criação. É maturidade, Artur Jorge domina o grupo, consegue fazer leitura apurada e interferir no que está acontecendo. O próprio Luiz Henrique não está tão preso à extrema, povoava mais o meio, o Botafogo passou a ter mais saída, a construção começou a acontecer. Há a maturidade tática de povoar mais o meio, o ponta abrir caminho para o lateral fazer o corredor, Cuiabano tem muita força. Há o conhecimento dos adversários e dos indivíduos. Tem questões a aprimorar defensivamente, se perde um pouco entre transição agressiva e recompor. Ontem não foi tão exigido, mas sabia que mudança de posicionamento e de peças é sinal de treinador que atinge maturidade – disse Jéssica Cescon.