Eric Faria: ‘Já passou da hora de o Botafogo quebrar o retrovisor, não pode ser tudo 2023. Está precisando dar esperança nova’

Eric Faria, no Charla Podcast
YouTube/Charla Podcast

A sombra de 2023 afeta o Botafogo na atual temporada. O motivo é que a perda do título brasileiro teve efeitos que refletem até hoje no clube e na torcida. Em entrevista ao “Charla Podcast”, o comentarista pediu um novo olhar.

– Já passou da hora de o Botafogo quebrar o retrovisor, não pode tudo ser 2023. Vai ser campeão do mundo, mas “ah, em 2023…” Não adianta, acabou, tudo que fizer de bom ou ruim não vai apagar o 2023. Vai ter sete ou oito jogadores que não estavam em 2023. Daqui a pouco tem novo time e as pessoas vão continuar falando. Então assim, acabou, quebra o retrovisor, não olha mais para trás. O Botafogo está precisando construir nova narrativa, se comunicar melhor com o torcedor, dar uma esperança nova. Há quanto tempo não se via o torcedor no clima de 2023? Estava se emocionando, armava a vida dele de acordo com os jogos, precisa se emocionar de novo. Só vai conseguir isso se construir uma nova história, consertar uma história que não deu certo não vai rolar – afirmou Eric Faria.

O comentarista da TV Globo considerou correta a demissão do técnico Tiago Nunes.

– É início de trabalho, mas acho que tomou decisão certa. Tem hora que tem que estancar ferida. Um fato determinante foi a entrevista coletiva depois do jogo com o Vasco, dizendo que jogadores estavam pedindo para não jogar, depois gravou um vídeo falando que não era aquilo. Se não quis dizer aquilo ou não está acontecendo, beleza, as pessoas têm direito a errar e se corrigir. Mas aquilo deve ter explodido internamente, não pode ser dito publicamente. Ele teve apenas quatro vitórias contra times pequenos do Rio. Era um caminho sem volta a demissão, se não fosse agora era semana que vem. Ele não foi escolhido pelo John Textor, só avalizado, Textor avalizou a escolha do departamento de futebol, que aliás tem feito boa janela. Acho que o Botafogo vai melhorar, qualificou o elenco, mas o Tiago acabou não casando, acontece. Às vezes dá certo, às vezes não. Acontece – explicou Eric.

– O fato do John Textor não ter escolhido facilita a decisão de demitir. Acontece, dei a chance, tomei a decisão como dono. O caminho do Bruno Lage e do Tiago foram muito parecidos. Ambos começam a desandar após entrevistas coletivas em derrotas em clássicos. Era um caminho sem volta. Os resultados não vieram, a torcida não criou empatia. Agora tem que saber escolher bem o substituto – completou.

Fonte: Redação FogãoNET e Charla Podcast

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