Especialista não vê reputação do Botafogo afetada por noticiário envolvendo dívidas: ‘Clubes são muito pragmáticos’

Escudo do Botafogo
A Virada/SporTV

O Botafogo versão SAF é um sucesso desportivo, mas as últimas notícias sobre dívidas envolvendo a compra de jogadores deixa o torcedor ressabiado. Recentemente, o Burnley reclamou sobre o não pagamento por Vitinho, e o Atlanta United recorreu à Fifa sobre a transferência de Thiago Almada – nesse caso, o Glorioso não fez o pagamento por ter um entendimento diferente sobre valores a serem pagos pela MLS.

Em reportagem no “O Globo”, Rodrigo Capelo, jornalista especializado em finanças do esporte, explicou que o noticiário não deve afetar a credibilidade do Botafogo no mercado, ressaltando que há clubes no país em situação pior.

– Os clubes são muito pragmáticos, e há vários times brasileiros com reputações piores, destruídas há décadas, que nem por isso deixaram de contratar ou vender. Eles continuam fazendo negócios. Por que o Botafogo aparece tantas vezes nesse noticiário de transfer ban? Porque, com mais investimento e ambição, vai atrás de um perfil de jogadores internacionais e de clubes estrangeiros que têm onde reclamar: na Fifa. No Brasil, o sistema doméstico, que é a CNRD, é muito mais “frouxo” do que o da Fifa. A diferença é que lá a punição vai ser aplicada, que é o transfer ban. Agora, na CNRD, a postura é de negociar para tentar chegar a acordos e consensos – explicou Capelo.

Outro ponto de atenção é o atraso na publicação do balanço de 2024. O prazo terminou no dia 30 de abril, e o Botafogo ainda não publicou seu demonstrantivo financeiro, prometendo fazê-lo em breve. Vale lembrar que John Textor, acionista da SAF, vem tentando buscar soluções para regularizar a situação do Lyon na França.

– Sem o balanço, não sabemos quanto dinheiro a SAF tinha em caixa na virada do ano, quanto tinha para receber, os custos ou quanto era o EBITDA. A dificuldade é não termos transparência das contas do Botafogo. Sabemos que a receita está subindo, já que vai disputar o Mundial e tem um monte de dinheiro para receber em premiação. Agora, essas receitas estão aumentando no nível necessário para cobrir os custos e conseguir pagar os investimentos feitos nas compras de jogadores? Essa é a pergunta mais importante e que não conseguimos responder – avaliou Capelo.

Fonte: Redação FogãoNET e O Globo

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