Esposa ter sido vítima de assalto à mão armada no Rio de Janeiro pesou para saída de André Mazzuco do Botafogo

André Mazzuco
YouTube/FootHub

A violência do Rio de Janeiro influenciou na saída do diretor de futebol André Mazzuco do Botafogo em março de 2024. O dirigente, hoje do Internacional, contou em entrevista ao canal “FootHub” que a esposa sofreu um assalto à mão armada, o que influenciou na decisão de voltar para Curitiba.

A história é até curiosa nesse ponto. Inclusive, o FootHub teve uma participação difícil na minha vida, no momento. Vocês vão lembrar daquela live que a gente estava lá, quando a minha esposa foi assaltada, no meio da live. Eu já tinha morado no Rio, na época do Vasco. O Rio de Janeiro é uma cidade maravilhosa com seus encantos. Só que a gente… Eu sou de Curitiba, minha família é de Curitiba, então são culturas diferentes. Não são fáceis as adaptações. E aí, eu já tinha morado no Rio. Na época, eu vou no primeiro ano de Vasco sem a família, mas vem a pandemia. Eles ficam comigo lá e a pandemia, todo mundo fechado, é uma outra vida. Eu saio do Vasco, não acaba a gestão do (Alexandre) Campello e aí eu vou para o Cruzeiro. E no Botafogo, como já era um projeto a longo prazo, eu levo a família quase de pronto. Meu filho terminou a escola e tal. E aí a gente tem a nossa vida lá. Só que assim, não é fácil – iniciou Mazzuco.

Eu morava na Barra, porque está tudo lá, concentrado lá. Era uma rotina, nossa rotina de futebol é sacrificante, então não é fácil, minha esposa com meu filho e tal. A gente tinha algumas dificuldades do dia a dia. Eu sempre tinha um acordo com a minha esposa, que no dia que a minha profissão, o meu trabalho, atrapalhasse a nossa família por alguma razão, a gente teria que tomar uma decisão contrária. E aconteceram, foram acontecendo algumas coisas. Meu filho com dificuldade de adaptação, ele com uma idade sensível de educação, com 8 para 9 anos. E aí acontece esse assalto, que foi uma coisa muito traumática pra minha esposa. Foi um assalto à mão armada. Então assim, foi muito difícil – afirmou.

O dirigente contou com a compreensão de John Textor, que não dificultou a saída.

Isso foi no final do ano, aí virou o ano. E aí a gente teve uma questão familiar em Curitiba, meu sogro, a gente muito tempo longe dos pais, do sogro, enfim. Chegou o dia que a gente falou assim, “olha, não dá mais. A gente precisa voltar”. E minha esposa é uma parceirona, ela é da área também do esporte, técnica de basquete. Então ela tem também mantém a carreira dela, é professora da escola internacional, então ela tem um viés muito bacana. E a gente senta em família e fala assim, “olha, o projeto aqui está ótimo, eu estou feliz no Botafogo”. O projeto já está andando com o Alê (Alessandro Brito). Mas eu não podia. Eram oito anos longe de Curitiba e foi a primeira vez que minha esposa… que a gente decide tomar uma decisão dessa. E eu acabo tomando a decisão – disse Mazzuco.

Foi muito difícil a construção com o John, porque eu era o braço dele. E o John, mais uma vez, é um ser humano sensacional, ele entendeu. E ele fala uma coisa para mim muito legal, ele fala assim, “Mazzuco, eu te conheço porque você foi o meu cara aqui do projeto. Talvez quando você tiver a minha idade, você não vai chegar e falar assim, ah, devia ter trabalhado mais. Porque você é um baita profissional, mas você não pode chegar na idade que eu tenho e falar assim, eu devia ter cuidado mais da minha família. Então, por isso, eu não vou nem discutir com você. Você vai com tua família e está tudo certo”. E aí tomo a decisão – finalizou.

Fonte: Redação FogãoNET e FootHub

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