Dono da SAF do Botafogo, John Textor saiu das páginas esportivas e agora foi citado também no meio político. Nesta segunda-feira (8/4), em evento sobre inteligência artificial, o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, Alexandre Padilha, comparou o dirigente ao empresário Elon Musk.
Musk é dono do X (antigo Twitter) e, no último sábado, atacou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ameaçando ainda reativar perfis de usuários bloqueados pela Justiça. Na comparação, Padilha definiu John Textor como “o X do futebol”.
– Este indivíduo (Musk), um milionário que tem interesse direto nesse tema, fez um ataque à Suprema Corte. Ele disse que a Suprema Corte está praticando a censura no país. Eu fiquei chocado, porque na última semana tivemos dois indivíduos que têm características similares. Um é o Textor, eu diria que é o X do futebol, que fez acusações ao futebol brasileiro, à Justiça Desportiva, dizendo de manipulação de jogo, sem trazer nenhuma prova, nenhuma prova. O outro é o X das redes sociais. Esses dois têm uma característica muito parecida, são bilionários que acumularam bilhões, bilhões, bilhões de reais nesse mundo globalizado, muitas vezes apoiando regimes antidemocráticos, como o apartheid, e se enriquecendo com a situação, ou fazendo campanha por golpes, dizendo que poderiam apoiar qualquer golpe no país e desrespeitando as instituições e o Estado democrático de direito com um país como o Brasil – disse Padilha, em declarações reproduzidas pelo “Correio Braziliense“.
A declaração foi durante o evento “Inteligência artificial: convergências e divergências sobre como regular”, que ocorreu nesta segunda-feira no Instituto Brasileiro de Ensino Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), em Brasília.
John Textor vem agitando o futebol brasileiro com denúncias de manipulação de resultados. O empresário norte-americano prestou depoimento na última quarta-feira à Polícia Civil, no Rio de Janeiro, dizendo ter entregue gravações e prometendo enviar documentos em até 10 dias às autoridades.