Vitorioso em sua história, o Botafogo passou por momentos delicados nos últimos anos, mas se reencontrou e virou SAF. Com a chegada do acionista John Textor, as perspectivas mudaram e se tornaram promissoras para os próximos anos. É o que acredita, por exemplo, o ex-meia Sérgio Manoel.
– Sou botafoguense roxo, doente, evito entrar em social para falar do Botafogo porque como ex-jogador minha palavra tem um peso. Nunca deixo incentivar um torcedor por um mau momento a pressionar e cobrar, porque sei que é difícil fazer o futebol. Com a chegada do Textor, com o projeto que já vi como é, que está segurando treinador mesmo em cima de críticas e cobranças, entendo que todo trabalho precisa de um tempo. Escuta o que estou te falando: vai dar. Porque os caras sabem que hoje não vai mudar treinador e vai resolver. É o treinador conhecer o elenco, apostar no projeto e na ideia dele, com o tempo o fruto aparece. Estamos plantando, vai chegar o momento que vai dar frutos. É brigar para ser grande como sempre fomos. Textor faz parte desse projeto, de resgatar nosso orgulho, a esperança que estava se perdendo. É difícil torcer para o Botafogo, mas nunca foi tão. Tenho certeza que estamos no caminho certo porque está dando continuidade, uma base está sendo feita. Não é toda hora que se monta time que dá certo, precisa de base no profissional, que a molecada vai chegar com DNA alvinegro. Aí vai dar certo – disse Sérgio Manoel, ao canal “Glorious Botafogo”.
Em evento no último fim de semana nos Estados Unidos, o ex-meia foi além.
– É o futebol profissional de hoje. Tem que separar o coração da razão. Tem que ser um clube modelo profissional, dar lucro. Textor tem essa visão, mas ainda é um cara romântico, não é um dirigente viciado no esporte, traz uma paixão que me encanta. Acredito nisso. Ter a condição financeira, mas fazer com o coração. Tudo que se faz com carinho dá resultado. Se tornar marca mundial vai trazer dinheiro para o clube, não vai ser ele colocando dinheiro toda hora. O clube tem que se sustentar, tem que vender jogador. O torcedor vai abraçar, não escolheu, foi escolhido. O Botafogo entra na sua vida, te abraça e não te deixa sair. Pode não ganhar, não ser campeão, você não consegue deixar de ser botafoguense. Meu filho falou que foi resgatado pelo Loco Abreu, vai ser sempre assim, vai aparecer alguém. É uma marca muito forte, precisa desse carinho que está recebendo agora. Esse cara veio para a nossa vida para ser o divisor de águas, vai ser antes e depois – aposta.
O ex-zagueiro Gonçalves pensa de forma parecida e vê o clube se fortalecendo.
– Nós somos uma comunidade mundial, de pessoas apaixonadas por um clube glorioso, tradicional, que agora está vivendo nova era, da SAF. Há muitos anos venho falando que seria o melhor caminho para o Botafogo e para os demais clubes, pelo modelo de gestão, pela possibilidade de crescer, proporcionar alegrias e conquista de títulos. Espero que Botafogo possa dentro do processo, que se iniciou agora e não vai ser da noite para o dia, viver processos para a estrutura melhorar, formar equipes competitivas para disputar títulos. Precisa de um novo Campeonato Brasileiro, ganhar competições internacionais, Libertadores, Sul-Americana, Mundial. O torcedor tem que sonhar. A gente vive de sonho, mas tem que acreditar para acontecer. A torcida deve seguir sonhando em conquistar títulos em competições importantes, como queremos conquistar – completou Gonçalves.
