Ex-vice-presidente do Botafogo e candidato derrotado na eleição de 2024, Vinicius Assumpção compartilhou um protesto pedindo socorro ao remo do clube. Segundo o dirigente, há um “desmonte” em curso pela atual gestão, de João Paulo Magalhães Lins.
“O remo é um esporte tradicional do Botafogo e até aceito os ajustes que a nova gestão deseja fazer, mas o desmonte do remo, que tem uma história de glórias importantes, é inaceitável! Isto é a falta de capacidade desta gestão de buscar novas receitas para manter o esporte no topo“, escreveu Assumpção nas redes sociais.
O vídeo compartilhado foi publicado pela atleta alvinegra Audrey Chassang-Feld e mostra uma faixa com os dizeres “O remo alvinegro não pode morrer em silêncio” (veja no fim do texto).
“A saída de profissionais e atletas é um retrocesso inadmissível. O que se apresenta hoje é o desmonte de uma referência esportiva nacional, que inspira jovens de todo o Brasil — de todas as classes sociais — a acreditarem no esporte como caminho. Por isso, exigimos a apresentação de propostas concretas de captação de recursos e investimentos. O Botafogo é uma instituição centenária cuja responsabilidade vai além das planilhas. É inadmissível que a lógica econômica, isoladamente, dite o futuro de um departamento tão importante quanto o remo“, diz o protesto.
Veja o vídeo abaixo:
O Remo é um esporte tradicional do Botafogo e até aceito os ajustes que a nova gestão deseja fazer, mas o desmonte do Remo que tem uma história de glórias importantes, é inaceitável! Isto é a falta de capacidade desta gestão de buscar novas receitas para manter o esporte no topo. pic.twitter.com/iJ1YprGJuz
— Vinicius de Assumpção (@viniciusasbfr) May 1, 2025
Outro lado
No início do mês de abril, o presidente João Paulo Magalhães Lins foi questionado por um torcedor sobre a redução do investimento no judô, em participação no podcast “Resenha com TF“, e falou que é preciso “responsabilidade financeira” também sobre o remo, esporte que é estatutário.
– Não vamos dar nenhum passo além da perna. Tivemos alguns ajustes que fizemos com alguns atletas do remo, o remo estava muito deficitário. É uma realidade, sinto muito, mas a responsabilidade financeira é minha e do André [Silva, vice] e a gente não vai abrir mão disso. Então, tivemos que diminuir sim o quadro do remo, tivemos que readequar o judô, mas a gente deixa o judô usar o nosso espaço – disse João Paulo na ocasião.
– O que a gente não pôde foi manter salários muito altos, porque não justifica o Botafogo tendo que fazer alguma adequação para manter o social e olímpico saudável, pagar salários de 15, 20, 30 mil reais para uma ou outra pessoa. Isso não vai acontecer na nossa gestão, nossa gestão é responsável, doe a quem doer, berre quem berrar. Aqui, o dinheiro do Botafogo vai ser bem tratado – completou.