Vice-presidente de futebol do Botafogo na montagem do elenco para a Série B de 2015, Antonio Carlos Mantuano foi peça-importante na retomada naquele ano. Em entrevista ao site “GE”, ele relembrou o planejamento da época, com contratos curtos e sem custos com intermediários ou representantes de jogadores, e folha salarial de R$ 2 milhões. Mas mostrou preocupação para a atual temporada.
Benemérito do Botafogo, Mantuano atualmente é conselheiro da gestão Durcesio Mello. Ele ponderou o menor tempo de preparação em 2021, mas não escondeu certa desconfiança com o time.
– Quanto ao planejamento de 2021, o tempo é muito menor, a competição vai começar no fim de maio, mas já fizemos 17 jogos e estou preocupado. O Botafogo não repetiu time, tudo bem que estão fazendo experiências, mas é preciso pelo menos um time-base – afirmou ao site “GE”.
– Estou preocupado como a maior parte dos botafoguenses está preocupada. Estamos perto da principal competição para o Botafogo, não temos um time definido e ainda se está indo ao mercado buscar jogadores – acrescentou Mantuano.
O ex-dirigente lembrou que em 2015 o Botafogo tinha dois aspectos favoráveis em relação a 2021.
– O diferencial de 2015 pra 2021 foi que tivemos um calendário normal. Outra situação que hoje considero um agravante é porque naquele ano ainda recebíamos o valor de time de Série A. Agora isso não acontece mais e prejudica o planejamento – concluiu Mantuano, que deixou o cargo de vice de futebol em agosto de 2015 por divergências internas.
