Fabio Matias conta como ‘mobilização’ foi fundamental em virada de chave do Botafogo: ‘Trabalho de várias mãos’

Fabio Matias, ex-Botafogo
YouTube/Fora do Jogo

Se hoje vive grande fase, na liderança do Campeonato Brasileiro e classificado para as quartas de final da Libertadores, no início do ano o Botafogo vivia período de incertezas. Com o peso de 2023 e trabalho de Tiago Nunes que não deu certo, coube a Fabio Matias assumir como interino.

O auxiliar relembrou a passagem em entrevista ao podcast “Fora do Jogo”.

– Participamos, como todos. Fizemos o processo que tinha ser feito, era nossa função fazer. Tem pessoas maravilhosas dentro do Botafogo, tenho admiração muito grande pelo que o Botafogo me oportunizou naquele momento. Todo mundo contribuiu um pouco com o processo. Era muito importante classificar para a Libertadores, fizemos três jogos, dois contra o Red Bull Bragantino, adversário muito difícil, conseguimos dar um gás – disse Fabio Matias.

– Não vivi o ano passado. Isso talvez seja um facilitador, talvez tivesse outra ideia. Fazemos pré-temporada, o Tiago chega, acaba saindo, tenho admiração por ele. É um cara de sucesso, consagrado no futebol brasileiro. Pegamos um momento que não era legal e transformamos em algo positivo. O facilitador que tivemos foi que conseguimos dividir o grupo em dois, em Libertadores e Taça Rio. Conseguimos mobilizar todos. Quando você tem mais competições, acaba mobilizando mais os jogadores. A partir dali, foi pensar em característica de jogadores, onde poderiam render mais, o que fazer de diferente, ter conversas claras com os jogadores, respeitar o momento de cada um, mas saber que você tem responsabilidade no clube. Vendemos bem a ideia, tínhamos estrutura de direção que sustentou muito o processo. John Textor foi sensacional, tive conversa com ele de quase duas horas, é um cara que enxerga futebol, entende o que o clube precisa para evoluir. Tinha Mazzuco, Alessandro Brito, Thairo, Carli, conversávamos muito. Foi um trabalho de várias mãos. Óbvio que eu estava de linha na frente naquele momento, mas quando você tem pessoas andando na mesma batida, na mesma linha, da mesma forma, acaba conseguindo mobilizar. O grande segredo é mobilizar. Ali não foi difícil mobilizar. Talvez pelo ano anterior, a mobilização acabou sendo melhor, os atletas entenderam como uma possibilidade de apagar se tinha alguma coisa do ano anterior – contou.

Fabio Matias celebra ter conseguido deixar o time em boas condições para Artur Jorge.

– Os atletas tinham o sentimento da importância da torcida, mas ao mesmo tempo havia incômodo pelo que aconteceu no outro ano. Talvez para mim não ter vivido aquele processo foi bom Ajuda. A leitura acaba sendo apenas no que aconteceu. O fato de não ter vivido foi bom, eu era um cara com sangue novo, energia, era uma oportunidade de mostrar capacidade e potencial em momento crucial, de saber quantas competições o clube teria. Conseguimos a classificação na Libertadores mais a vaga na Copa do Brasil pela Taça Rio. Foram 45 dias de muita mobilização, de muitas mãos, e conquistamos nesse pequeno espaço de tempo coisas boas. Minha função era ser interino, preparar o melhor cenário para quem viesse – concluiu.

Fonte: Redação FogãoNET e podcast Fora do Jogo

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