Desempregado após ser demitido do Coritiba depois de apenas oito jogos, Fabio Matias falou sobre sua passagem pelo Botafogo no primeiro semestre de 2024, quando foi auxiliar da comissão permanente e técnico interino até a chegada de Artur Jorge. O profissional explicou porque deixou o Alvinegro para assumir o Coxa, no dia 11 de junho.
– Estava numa situação muito boa, de aprendizagem, de conhecimento, de observar o trabalho do Artur (Jorge), mas conforme vai passando o tempo vai tendo algumas oportunidades. Tive alguns convites, mas todos naquele momento eu visualizei e achei que não era o momento. E quando veio o Coritiba, com uma SAF, com profissionais, vi um momento legal. Não deu certo, mas foi um passo que tinha que ser dado nesse momento. Era algo natural – contou Matias em entrevista ao “Charla Podcast”, não descartando voltar a ser auxiliar:
– Nada impede mais à frente de dar um passo para trás, não vejo isso como impedimento, passar mais um período como auxiliar permanente. Pode ser. O importante é estar ciente do movimento que fez e entender porque deu certo no Botafogo e não deu certo no Coritiba.
Durante a entrevista, Fabio Matias recordou uma passagem que teve com Tiquinho Soares, que terminou 2023 em baixa no Botafogo e vem conseguindo retomar seu bom futebol aos poucos em 2024, após o falecimento de seu pai.
– Eu tenho um filho de seis anos. Eu citei o exemplo do meu filho para o Tiquinho, ele ama ele, tem uma representatividade muito forte. Eu falei para ele: “Cara, você não tem ideia o quanto você representa para muita gente.” Isso é muito importante. O Tiquinho é esse cara que tem conduta, tem postura, que tem trabalho… Isso é um resgate do que o cara fez, onde ainda pode chegar. É difícil o resgate onde às vezes o ambiente não está favorável, esse é o grande desafio – contou Matias, que crê que o Botafogo possa ser campeão em 2024:
– Espero que sim, o Botafogo está preparado, tem condições de bater (campeão). Mas futebol não é ciência exata, você pode ter lesões, um jogo que você tenha uma derrota ou desclassificação que possa acarretar numa questão mental… E isso nada tem a ver com o que aconteceu ano passado. Hoje você tem um elenco bom para sustentar várias competições. Mas, cravar dentro do futebol, não tem como.