Faixa da torcida do Botafogo vira lema para Marlon Freitas: ‘O topo é o nosso lugar. É o que temos que buscar sempre’

Marlon Freitas, do Botafogo
YouTube/Botafogo TV

“O topo é o nosso lugar”. Campeão do Brasileirão e da Libertadores em 2024, o Botafogo chega para as principais competições de 2025 motivado. A frase foi utilizada pela torcida em uma faixa e virou uma espécie de lema para o capitão Marlon Freitas.

Em entrevista coletiva após o treino desta quinta-feira (20/3), no CT Lonier, Marlon Freitas falou sobre a preparação e a expectativa para a temporada.

É difícil ter esse tempo no futebol brasileiro. Infelizmente a gente não conseguiu a classificação, mas tem coisas que acontecem para o bem. Eu tenho certeza que a gente vem plantando muitas coisas boas durante os treinamentos e tenho certeza que no final a gente vai colher coisas boas. O próprio Mister (Renato Paiva) vem com uma filosofia de trabalho muito boa e nosso grupo também é muito bom, isso facilita muito. Ele chegou na família Botafogo, foi muito bem recebido, já está em casa. Isso é muito importante, os jogadores novos que chegaram também. A família continua forte, a família continua com essa ambição de vencer, de fazer história de novo. Sabemos da dificuldade, sabemos que é um ano muito longo, com Libertadores, Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Mundial também em um formato diferente – afirmou Marlon Freitas.

Então é uma responsabilidade muito grande, mas, como eu sempre falo, essa responsabilidade ninguém deu para nós. A gente foi buscar com muito empenho, com muita dedicação, com muita humildade. E a gente quer que essa responsabilidade continue aqui dentro, esse ambiente vencedor. Como eu sempre falo, é difícil chegar, o mais difícil ainda é se manter. Eu acho que esse é o maior desafio do Botafogo esse ano, é se manter. Tem até uma faixa que a torcida colocou no jogo do Racing, que eu guardei essa faixa, essa frase, que é “o topo é o nosso lugar”. Então é isso, é o nosso maior desafio. A gente tem que buscar sempre, o topo – acrescentou.

Leia outras respostas de Marlon Freitas:

Responsabilidade em 2025
– Cara, é uma responsabilidade muito grande. Como eu falei, a gente foi buscar essa responsabilidade, ninguém deu nada de graça para a gente. É muito bom estar em um clube vencedor. Eu aqui, sou um dos mais antigos, então eu fico feliz, é uma honra, é um privilégio estar vestindo a camisa do Botafogo. É se doar ao máximo, se entregar ao máximo, se ajudar. A gente é uma família, a competitividade interna é muito importante para que todos cresçam. A gente se ajuda muito durante o treinamentos, os jogadores mais velhos, os jogadores da base também que vêm subindo, que é importante ter os jogadores da base no elenco profissional. É isso, é manter os pés no chão, muita humildade, muito trabalho. O professor Renato vem fazendo um grande trabalho durante as semanas de trabalho. E é isso, dar continuidade. No dia 30, a gente tem um jogo muito difícil, primeira rodada. E é muito importante a gente começar bem.

Treino aberto com imprensa
– É difícil (risos), porque eu particularmente estou desde 2023 aqui, se não me engano é a segunda ou terceira vez que eu vejo isso. Até tomei um susto na hora que eu saí da academia, porque eu vi um monte de gente, um monte de jornalista. Mas é importante também fazer isso. Até para vocês também acompanharem o nosso trabalho. O treinamento faz parte. A gente precisa tentar errar aqui para chegar no jogo e a gente ter essa coragem para executar. Então se treinar bem, joga bem. Então é isso, é importante ter essa interação. E a gente segue trabalhando, a gente segue com muito foco nos nossos objetivos, com muita ambição, que eu tenho certeza que vai ser um grande ano para nós.

Perda da Supercopa do Brasil e da Recopa Sul-Americana
– É difícil, né? Dois títulos que a gente não conquistou, mas serve de lição. A gente sentiu muito, a gente queria muito ganhar esses dois títulos, mas infelizmente a gente não conseguiu. E aí ficou a margem para a gente melhorar, porque a gente tem que melhorar e a gente vai melhorar. E a gente está melhorando. Aí começa aqui no treinamento, para a gente levar do treino para o jogo. E uma nova comissão técnica. O professor Renato chegou, com muita ambição, com muita fome, com muita sede de vencer, isso é muito importante. E o que eu falei para ele, se ele está aqui, fez por onde estar aqui, um cara vencedor. Eu tenho certeza que vai dar muito certo. Vai dar não, já deu certo. Eu tenho certeza que vai ser mais um grande ano para nós.

Novo grupo
– Ah, sim, uma responsabilidade grande. Mas como você falou, nós somos mais antigos. Assim como eu fui bem recebido também lá em 2023, quando eu cheguei, eu tento fazer isso com os jogadores que estão chegando. É muito importante ser bem recebido, porque a gente tem um grupo muito bom. Pode ver que a maioria dos jogadores que vem dar entrevista fala de família. E realmente é isso. Nós somos uma família. Claro, perdemos muitos jogadores, mas a gente manteve a base. Jogadores novos chegando, já fazem parte da família Botafogo. E a gente tenta tirar um pouco dessa responsabilidade deles também, para que eles possam desempenhar o melhor, jogar leve, desfrutar. Mas também saber que eles estão em um time campeão. E se eles estão, que eles são campeões também. Então é isso. A gente está com um grupo muito forte, um grupo muito unido. Como eu falei, uma família mesmo. Porque vamos precisar de todo mundo. Todos temos que estar preparados. Como eu falei, a competitividade interna é muito importante. Isso potencializa todo mundo. Eu tenho certeza que vai ser mais um grande ano para nós.

Mais tempo de preparação
– Claro que ninguém planejou isso. A gente queria classificar no Carioca, infelizmente não foi possível. A gente não conseguiu. Temos a nossa parcela também, a nossa responsabilidade de não ter conseguindo a classificação. Mas a gente está com esse tempo de trabalho. Como eu falei, a gente está plantando coisas boas. Eu tenho certeza. Quando você planta coisas boas, no final você vai colher coisas boas. Então a gente tem um lance da Copa do Brasil no próximo ano também. A gente vai ter que buscar essa classificação de uma forma diferente, dentro do Campeonato Brasileiro, dentro da própria Copa do Brasil também. É mais uma responsabilidade para nós e a gente vem trabalhando muito. A gente vem se cobrando bastante também para dar resultado no final.

Críticas e elogios
– Acho que primeiro, em relação à crítica, ao elogio, isso faz parte. O importante é saber quem eu sou. Eu sei quem eu sou. A minha família sabe quem eu sou. Eu acho que isso é muito importante. Eu costumo falar que jogadores de futebol, acho que não só os jogadores, mas na maioria das profissões, têm que ter uma base familiar muito boa. Porque é difícil. Não é fácil. Mas é como eu falei, eu sei quem eu sou, eu sei de onde eu vim, eu sei quem é que me colocou e eu sei para onde eu vou. E eu fico feliz de ter as conquistas que nós tivemos no ano passado. Mas serve de uma forma de combustível para eu tentar fazer de novo. Para nós tentarmos fazer de novo. Sabemos da dificuldade que vai ser. Cada ano que passa, o campeonato fica mais difícil, o Brasileiro e o Libertadores. O Mundial tem um formato diferente. Então, é mais uma responsabilidade para o Marlon, para o Botafogo. E é isso que eu vou buscar, dar alegria para o torcedor, dar alegria para os funcionários do clube. Porque eu sempre cito eles. Se o Botafogo chegou onde chegou é porque eles suportaram o processo todo. E a gente é uma família, a gente vai em busca desse topo.

Definição do Botafogo
– Uma estrela que não vai brilhar o tempo todo, mas jamais vai desistir de brilhar.

Objetivos
– Eu acho que a cobrança primeiro começa internamente. A gente ficou muito chateado de não ter conquistado as taças, da Supercopa e da Recopa. E da classificação também no Carioca, que era o primeiro objetivo. Há três anos que a gente não consegue a classificação. É difícil para nós. É uma responsabilidade grande, mas é isso. Já foi, já aconteceu, é página virada. A gente tem que focar no que vem pela frente, nossos treinamentos, nossa evolução, coletiva, individual, para a gente começar bem no primeiro campeonato, que é o Brasileiro. Um jogo desse tamanho, um jogo difícil, com duas equipes que vêm dois anos brigando, dois anos brigando por títulos. É um jogo muito difícil, mas é uma responsabilidade boa. Uma responsabilidade grande, com o Botafogo em busca dessa responsabilidade.

Fonte: Redação FogãoNET

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