Apesar de não ter uma licença aceita pela Conmebol, Vasco Matos poderia comandar o Botafogo sem nenhum impeditivo na Libertadores, por exemplo, segundo informou o apresentador André Rizek, no programa “Seleção SporTV” desta quarta-feira (19/2).
O jornalista afirmou que consultou a CBF e fontes de Portugal e também ligadas ao treinador para tentar entender melhor a situação. Vasco Matos tem a licença Uefa A, e precisaria da Uefa PRO para poder assinar a súmula em competições da Conmebol.
– Conversei com pessoas da CBF. Pegaria o fato dele vir trabalhar aqui sem licença e o Caçapa assinar a súmula? Não, no Brasil não pega nada, não tem esse problema. E na Conmebol? Também não tem problema. Você paga uma licença provisória que custa US$ 50 mil (R$ 285 mil na cotação atual), avisa que você não tem licença, aconteceu com o Corinthians recentemente, e se compromete a tirá-la o mais rápido possível – explicou Rizek.
– Por aquilo que eu apurei, eu sou obrigado a dizer o seguinte: o treinador tem razão quando diz que essa situação é pública, de ele não ter licença. É pública mesmo. Ele não tem a licença, e em Portugal isso é muito sério. Aqui na América do Sul, por exemplo, se você não tem a licença, há uma permissividade para que o auxiliar assine a súmula por você. Isso já aconteceu várias vezes – completou.
De acordo com Rizek, Vasco Matos ainda não conseguiu tirar uma licença de maior nível por conta do excesso de demanda:
– O que acontece com o Vasco Matos em Portugal? Como é que ele dirige sem ter licença? Há hoje um overbooking de pedidos de licença, Portugal não está dando conta da demanda, não está emitindo novas licenças. Então, diante desse fato, Vasco Matos conseguiu uma licença excepcional para trabalhar em Portugal. E esse assunto é público mesmo, não é segredo para ninguém que isso acontece em Portugal.
O “GE” informou que o Botafogo enxergou uma “omissão” de Vasco Matos sobre não ter a licença exigida pela Conmebol, o que acabou sendo um dos fatores para que o clube se retirasse da negociação.
– O Botafogo não soube da licença e, talvez, interpretando o texto que está publicado no “GE”, tenha sentido uma quebra de confiança pelo treinador não ter avisado. Eu, sinceramente, não sei se o treinador teria obrigação de avisar, já que é uma situação pública e ele poderia trabalhar aqui no Brasil, não seria impeditivo. Eu não sei no Mundial de Clubes como funcionaria, mas aqui no futebol brasileiro e na Conmebol ele conseguiria trabalhar nessas condições. Talvez o Botafogo tenha falado: “Pô, tudo bem que é público, tudo bem que se você der um Google você acha, mas você não avisou a gente?” – pontuou Rizek.
Vasco Matos renovou seu contrato com o Santa Clara até 2027 nesta quarta. O Botafogo segue sem treinador, sob o comando interino de Cláudio Caçapa.