Comentarista do programa “Tá na Área”, do SporTV, Fellipe Bastos falou sobre os planos do Botafogo no Super Mundial de Clubes. O ex-jogador conversou com atletas do atual elenco alvinegro e explicou qual deve ser a estratégia na fase de grupos.
– O sorteio não foi amigável. Eu conversei com alguns jogadores do Botafogo, que são amigos meus, Allan, Cuiabano, o próprio Igor Jesus, que vai embora. Eu acho que o jogo primordial para o Botafogo é esse, o primeiro (contra o Seattle Sounders). Ganha o primeiro jogo, vai para o segundo jogo contra o PSG para tentar um empate, tentar arrancar alguma coisa, para ir tentar… O que é que eu preciso para o último jogo (contra o Atlético de Madrid)? Porque, realmente, esse grupo, para mim, é o pior grupo dos times brasileiros. Esse do Botafogo é o com mais qualidade, com mais intensidade. Mas são jogos que o jogador quer jogar. Principalmente o Igor Jesus, que está se despedindo e vai jogar no futebol europeu, vai jogar numa Premier League. Quer se mostrar também. Acho que os jogadores precisam pensar sobre isso. O que o Botafogo viveu no ano passado foi gostoso e maravilhoso para o torcedor. E nada melhor que você enfrentar o campeão da Champions League. Vai ser difícil? Logicamente que vai. Ninguém está falando aqui que vai ser fácil. Mas eu acho que tem que botar para dentro, jogar mesmo e tentar. E, lógico, não vai de peito aberto – declarou Fellipe Bastos.
A comentarista Jéssica Cescon, apesar de ressaltar as dificuldades, apontou um aspecto que pode ser favorável ao Botafogo.
– É um grupo muito complicado, muito difícil que o Botafogo consiga passar. Mas o Botafogo tem a seu favor a parte física do time. Eu acho que quando você tem um time que fisicamente está muito saudável, você consegue marcar, fazer a marcação. Você tem uma maneira de parar um time muito melhor que o seu, falando em peças, em poder técnico, é a partir da marcação. É suando, é conseguindo atrapalhar o jogo do adversário, destruindo o jogo do adversário. Então talvez a gente não veja um Botafogo conseguir jogar tecnicamente, de uma maneira convincente, fazendo jogadas incríveis, mas pode atrapalhar o adversário. E de repente numa bola, a gente sabe como é o futebol. Você marca muito bem e sustentar essa marcação por 90 minutos é difícil. O adversário vai ter peças com capacidade técnica para se desvencilhar da marcação. Ok, é o futebol. Mas às vezes você faz um jogo que você consegue neutralizar o adversário em força física, às vezes numa bola você consegue fazer o seu gol. Acho que esse ponto é importante. Se o Botafogo tivesse um time mais cansado, um time pesado em campo, um time que é muito técnico, mas não tem a parte física, teria bem mais dificuldades para competir. Mesmo às vezes com nomes que são mais relevantes, com nomes que são de mais peso. O Botafogo foca muito numa equipe de força física e reação. Velocidade, isso é importante em jogos assim. Conseguir fazer uma marcação muito firme, mas o time tem que estar em um nível de concentração enorme e muito saudável fisicamente para aguentar fazer isso por 90 minutos. E nem 90, vão ser 180. São dois adversários complicadíssimos – frisou Jéssica Cescon.