Fernando Diniz não gostou da decisão de Anderson Daronco de não marcar pênalti em toque da bola no braço de Marlon Freitas colado ao corpo em Vasco 1 x 1 Botafogo, nesta quarta-feira, em São Januário, no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil. O treinador reclamou.
– Eu vi a imagem e achei um pênalti muito fácil de ser marcado, tão fácil de ser marcado como o do Piton (contra o Juventude). Muito parecido nas mãos abertas, braços levantados. São critérios muito diferentes do futebol brasileiro. Isso que irrita muito. Se não foi pênalti hoje, não pode ser pênalti do Piton, que ainda foi um cruzamento, hoje foi um chute na direção do gol – criticou.
O técnico do Vasco criticou também o gramado sintético e disse que o Botafogo terá vantagem na partida de volta.
– O campo aqui, na troca de passes, para a gente, dificulta também. A bola segura a velocidade do jogo. Por exemplo, no Morumbi, Beira-Rio ou na Vila Belmiro, é um campo em que a bola anda com mais velocidade, quica menos e segura menos. Para a gente também é bom. No sintético já é uma coisa que favorece muito quem joga no sintético. Eu já falei mais de uma vez, eu já trabalhei em times que o campo era de grama sintética, o Athletico-PR, e o time que joga nessas condições deve ter uma vantagem, porque o jogo muda muito. Eu não sou um cara favorável ao grama sintético. Em um país que gasta milhões no campeonato como o nosso, acho que os campos todos deviam ser de grama natural se tivesse padronização. Eu acho que muda muito o que é o jogo para quem joga direto num campo de grama sintética. Talvez se fizer um estudo de aproveitamento dos times quando era grama natural e depois teve grama sintética, provavelmente aumentou o aproveitamento, porque é diferente. Para quem vai jogar, muda muito. Então a gente vai ter que ir lá e procurar se adaptar rápido ao jogo para poder a gente fazer uma boa partida – completou.
